“Cheiro de rato morto”: mortes de mãe e filha chocam comunidade

Moradores de uma comunidade dos Campos Elíseos, conhecida como “Favela do Moinho”, no centro da capital paulista, ainda assimilam o crime registrado na vizinhança, na última segunda-feira (22/7). Mãe e filha foram encontradas mortas abraçadas dentro do banheiro da casa onde moravam.

As vítimas foram identificadas como Andreia Maria de Souza, de 42 anos, e Andreza Maria Mendes de Souza, de apenas 12. Os corpos foram encontrados por um homem responsável pela limpeza do local, em “avançado estágio de decomposição”, de acordo com o boletim de ocorrência.

Boletim de ocorrência

Em depoimento à polícia, a proprietária do imóvel afirmou que, há três meses, Andreia a procurou para alugar o local. Segundo a testemunha, a mulher decidiu se mudar após começar um relacionamento com um homem, identificado como Júnior — a mudança não teve apoio da mãe de Andreia, disse a dona da casa.

A testemunha ainda afirmou que, na última quinta-feira (18), percebeu que não via Andreia há algum tempo. No dia seguinte, questionou o namorado da mulher sobre seu paradeiro. O homem teria dito que a mulher estava com a filha, na casa da mãe. Depois dessa conversa, Junior não foi mais visto na casa e nem na vizinhança.

Na segunda-feira (22), a dona da casa foi até o local, sentiu um cheiro ruim. Ao entrar na residência, viu o quarto de Andreza trancado com cadeado, e quebrou com um martelo, de acordo com o boletim.

O imóvel estava muito sujo. A dona chamou um funcionário para limpar a casa e colocar os bens dentro de um saco. Quando entrou no banheiro, o rapaz da limpeza encontrou os corpos. Além disso, viu uma enxada dentro do quarto.

Uma equipe policial foi acionada ao local e notou que uma das vítimas apresentava um buraco no crânio. A enxada encontrada pelo funcionário aparentava ter um “pouco de sangue”, diz o registro policial.

Namorado

O namorado está desaparecido desde então. No boletim, uma testemunha o descreveu como um homem branco, loiro, olhos castanhos claros, tatuado, magro e com cerca 1,70 metro.

Os vizinhos ouvidos pelo Metrópoles disseram que ele cometia pequenos delitos na região, como furtos e roubos. A informação não foi confirmada pela Polícia Civil.

O caso é investigado como como homicídio pela 77° DP (Santa Cecília).

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