Lauda aponta que causa da morte de récem-nascido de 21 dias foi asfixia; mãe responde em liberdade

 

A necropsia realizada no corpo do récem-nascido Heitor da Silva Santos, de apenas 21 dias de nascido, apontou que a causa da morte da criança foi asfixia mecânica por sufocação. O material biológico será enviado para ser analisado no Laboratório Forense da Polícia Científica de Alagoas. O exame foi concluído neste sábado (13), mas divulgado à imprensa na manhã deste domingo, 14.

A mãe do récem-nascido foi presa em flagrante  e encaminhada para a Delegacia de Polícia Civil da cidade de Murici. Ela prestou depoimento à polícia e, de acordo com o delegado Wladney José da Silva, a acusada aparentou tranquilidade durante o depoimento, negou o crime e disse que no dia da morte de Heitor ela estava sozinha em casa.

O laudo do Instituto Médico Legal (IML) apontou que foram encontrados indícios de morte por asfixia mecânica por sufocamento. O exame é assinado perito médico legista João Paulo. Ele destacou, por meio de nota da Polícia Científica (PolC), que ainda não é possível determinar se a morte foi por sufocação de forma direta ou indireta.

Segundo o médico, isso porque a sufocação direta acontece quando as vias áreas são obstruídas por algum tipo de obstáculo e a indireta é quando há uma compressão do tórax que impede a sua expansão e que pode ocorrer inclusive de forma acidental quando um adulto dorme sobre uma criança.

“Importante destacar que, durante o exame, não foram encontrados sinais de espancamento. Não houve a presença de equimose ou fraturas, que poderiam indicar violência física”, explicou o legista por meio da nota da PolC.

Ainda de acordo com a Polc, coletas de amostras de sangue, humor vítreo e conteúdo do estômago do récem-nascido foram coletados e encaminhados para o Laboratório Forense do Instituto de Criminalística para a realização de exames complementares que possam ajudar no esclarecimento da morte de Heitor.

Depoimento e liberdade da mãe

Neste sábado (13), a mãe da criança, de 21 anos, prestou depoimento ao delegado plantonista Wladney José da Silva, titular da delegacia de Ibateguara. Ele acompanha o caso e destacou a imprensa que a mulher estava tranquila. “Ela negou o crime e disse que estava sozinha em casa quando encontrou o bebê morto. Ela disse que por volta das 4h da manhã ligou para os familiares pedindo ajuda”, disse o delegado.

Durante audiência de custódia a mulher teve a sua liberdade provisória concedida e responderá em liberdade.

O caso

De acordo com o delegado plantonista Wladney José da Silva era por volta das 6h40 quando a mulher, de 21 anos, pediu ajuda a familiares e vizinhos informando que a criança não estaria respirando, mas sem explicar o que teria acontecido.

Após acionamento de atendimento médico e a constatação do óbito, guarda civil, polícia militar, polícia civil e polícia científica foram acionados para realizar os procedimentos necessários.

 

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