Idosas com Alzheimer que se encontraram em abrigo de Maceió após uma vida separadas podem ser irmãs
Duas idosas com Alzheimer que não se conheciam foram parar no mesmo abrigo de Maceió. A equipe da instituição descobriu que as duas Marias, inicialmente sem nenhum grau de parentesco e nascidas em cidades diferentes de Alagoas, podem ser irmãs. Um exame de DNA pode comprovar parentesco.
Maria do Carmo da Conceição Carvalho, de 76 anos, e Maria Francisca da Conceição, de 87 anos, se viram pela primeira vez em maio deste ano, quando a mais velha chegou ao abrigo Residência São Luiz, onde a mais nova já estava há mais de um ano.
A assistente social Sônia Alves contou que, em uma de vacinação no abrigo, a equipe descobriu que Maria Francisca, nascida em 1937 em Porto Calvo, no interior de Alagoas, e Maria do Carmo, nascida em 1950 em Maceió, tinham o mesmo nome da mãe no documento, Alzira Maria da Conceição.
O Alzheimer não permite que as Marias deem informações que possam ajudar a desvendar o mistério. Além disso, somente uma das idosas têm filhas, que também nunca souberam se a mãe teve uma irmã.
O ex-chefe do Laboratório Forense da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), o biológo Luiz Antônio, afirmou que é possível saber se as Marias são irmãs biológicas por meio de um exame de DNA.
“O ideal é que tivesse de mais parentes, porque quanto mais parentes você tem, maior é a informação que você extrai dessas amostras. No caso delas, já seria suficiente para fazer uma análise que dê um resultado científico bastante aceitável”, disse.
As Marias não têm condições financeiras de fazer o exame de DNA, por isso não há nenhuma previsão de que o exame seja realizado.