Polícia solicita laudo cadavérico de criança morta pela mãe; exame deve mostrar se menina era vítima de violência
A Polícia Civil de Alagoas (PC-AL) confirmou, nesta segunda-feira (08), que fez a solicitação do exame cadavérico de Laura Maria, a criança de sete anos de idade que foi morta a facadas pela própria mãe, dentro de casa, no município de Rio Largo. O laudo deve mostrar a causa e o modo da morte da vítima, e também identificar se ela foi vítima de outro tipo de violência.
Segundo a PC-AL, o exame foi solicitado ainda no fim de semana depois dos primeiros levantamentos do crime que chocou a população da região. Ainda não se sabe se Laura Maria era abusada sexualmente ou era violentada de outra forma. Um familiar destacou que a menina não sofria maus-tratos, e a morte ocorreu depois de um suposto surto psicótico da mãe.
O Instituto Médico Legal deve enviar o resultado do exame em até 10 dias e ele deve ser anexado no inquérito da Polícia Civil.
O caso – Apenas a mãe, de 44 anos, e a filha, identificada como Laura Maria, estavam em casa no momento da tragédia. O pai teria saído mais cedo para trabalhar. O crime ocorreu entre 8h30 e 9h do sábado, 6, em uma residência localizada próximo à Praça do Galo, na cidade de Rio Largo.
De acordo com o delegado do 11º Distrito Policial, Alcides Andrade, que esteve no local e informou que a mulher estaria em surto psicótico quando cometeu o crime, a menina teria sido espancada antes de receber duas facadas, uma na região cervical, na altura do pescoço, e outra nas costas, mais abaixo, que pode ter perfurado o pulmão.
Vizinhos ouviram os gritos da criança. “Uma tia da menina arrombou a porta e ainda tentou socorrer a criança com massagem cardíaca e respiração boca a boca”, disse o delegado.
Laura Maria chegou a ser encaminhada ao Hospital Geral Professor Ib Gatto Falcão, em Rio Largo, mas não resistiu. A mãe e o pai da menina foram levados para a Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP).
Segundo o delegado Alcides Andrade, ao ser interrogada ainda no local, a mãe ficou calada e não respondeu os questionamentos. Já o pai contou que não havia histórico de violência e nem maus tratos na relação entre mãe e filha. Mas disse que, após sofrer um acidente, a esposa passou a apresentar problemas psicológicos.