Defensoria exige solução para atendimento na Santa Mônica em Maceió
A Defensoria Pública do Estado de Alagoas estipulou um prazo a ser findado na próxima quarta-feira, dia 10, para que a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) resolva, em definitivo, as questões ligadas à falta de algumas especialidades médicas na Maternidade Santa Mônica, administrada pela Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (Uncisal).
Na avaliação do defensor público que coordena o Núcleo de Proteção Coletiva da Defensoria Pública do Estado de Alagoas (DPE/AL), Ricardo Antunes Melro, falta iniciativa dos gestores para resolver questões que estão impactando na qualidade do atendimento prestado à população que busca atendimento na maternidade.
“Passam dias para escalarem profissionais cirurgiões pediátricos, por exemplo. A justificativa apresentada é a de que, assim como no restante do Brasil, faltam, em Alagoas, profissionais com essa especialização. Então, a solução encontrada é a de pelo menos deixar os cirurgiões pediátricos em escala de sobre aviso, no mínimo”, pontuou o defensor.
Essa escala de trabalho terá que ser apresentada à Defensoria amanhã, dia 05. “De forma a que a Maternidade Santa Mônica não fique descoberta em nenhum momento”, assegurou o coordenador do Núcleo de Proteção Coletiva da Defensoria Pública do Estado de Alagoas (DPE/AL), defensor público Ricardo Antunes Melro.
O prazo foi determinado depois de uma reunião, conduzida pelo defensor público Ricardo Melro, onde, em comum acordo, Sesau, Uncisal e Santa Mônica admitiram que há pendências a serem resolvidas. Estiveram presentes à reunião, o reitor da Uncisal, Henrique de Oliveira Costa, a supervisora da Maternidade Escola Santa Mônica, Maria Elisângela Torres de Lima Sanches e o secretário executivo de ações de saúde da Sesau, Guilherme Lopes.
O encontro entre os gestores de saúde foi coordenado pelo defensor público Ricardo Melro, com o objetivo de cobrar informações e providências urgentes para sanar a falta de materiais, problemas estruturais e de falta de cirurgiões que estariam impedindo a realização de cirurgias em bebês recém- nascidos na Maternidade Escola Santa Mônica.
No final do mês passado, a Defensoria recebeu denúncias, feitas por médicos, sobre a falta de condições estruturais na Maternidade Santa Mônica. Na ocasião, médicos anunciaram um indicativo de paralisação das cirurgias em recém-nascidos. Possibilidade já descartada, depois que o compromisso em resolver a situação foi firmado.
Ainda conforme as denúncias, a unidade de saúde passa por grave carência de profissionais, incluindo anestesistas, instrumentistas e enfermeiras que realizem Passagem de Cateter Venoso Central de Inserção Periférica (PICC). A situação tem gerado atraso na realização dos procedimentos médicos.