“Ele era tudo na nossa vida”: mãe pede Justiça após morte de barbeiro em Ponta Grossa
O bairro de Ponta Grossa amanheceu em silêncio nesta segunda-feira (24), cerca de 60 horas depois do crime contra o barbeiro Emerson Wagner da Silva, o “Emerson do Corte”. A região onde a vítima residia estava com as ruas vazias e com os moradores ainda chocados com o assassinato ocorrido próximo à Praça Santa Tereza depois de um assalto. Até o momento, nenhum suspeito foi preso.
Em entrevista, a mãe do adolescente de 17 anos, que preferiu não ser identificada na reportagem, por temer represálias, se emocionou ao lembrar do filho, e destacou como ele era no dia a dia.
“Ele era tudo na nossa vida. Um menino estudioso, educado, muito amoroso com a família, com todo mundo que conhece ele. Ele não merecia ter morrido dessa forma. Era um menino educado, trabalhador. Ele trabalhava de segunda à sábado. Em um horário porque no outro horário ele estudava”, afirmou.
“Morrer em uma situação dessa… Eu quero Justiça, meu Deus. Quero uma explicação para saber o que aconteceu naquela noite”, continuou a mulher.
Uma vizinha de Emerson também contou com carinho que o adolescente era querido no bairro e que trabalhava como barbeiro desde os 14 anos de idade. “Era um menino especial, tinha ele como um filho. Todo dia eu via ele. Ainda agora eu estava dizendo para o meu filho: como é que vamos viver sem o Emerson aqui?”.
A polícia ainda não identificou os criminosos que tiraram a vida do barbeiro. As câmeras de segurança instaladas próximo à praça podem ajudar na investigação, mas até agora, não há informações se os equipamentos foram analisados.
Emerson teria ido para a casa da namorada depois de um dia de trabalho. Lá, eles teriam sido surpreendidos e rendidos pelos assaltantes. Os criminosos teriam invadido o local, e levado um celular e a bicicleta. A vítima morreu depois de supostamente ter perseguido os bandidos por um beco, na direção da praça. Três tiros atingiram a cabeça do jovem.