Patrimônios de Arapiraca são tema de oficina de preservação cultural

 

 

Os cânticos das destaladeiras de fumo e o coco de roda do mestre Nelson Rosa são dois reconhecidos patrimônios culturais de Arapiraca. Ambas as tradições carregam memórias e costumes de seus antepassados e ajudam a manter viva a história do município, que completa 100 anos em 2024.

Estas preciosidades culturais serão referências abordadas na oficina “Patrimônio Imaterial no Agreste Alagoano”, promovida pelo Instituto de Arquitetos do Brasil – Departamento Alagoas (IAB/AL). Com inscrições abertas, a oficina vai acontecer no mês de julho na cidade agrestina e busca mapear manifestações culturais, além de debater políticas públicas de preservação.

Patrimônio Imaterial no Agreste Alagoano é a segunda oficina do projeto Da Gema ao Sal, criado pelo IAB/AL com o objetivo de despertar na sociedade a importância da valorização do patrimônio histórico e preservação cultural de Alagoas.

O projeto é realizado com recurso da Lei Paulo Gustavo, do Governo Federal, operacionalizado pelo Governo de Alagoas, através da Secretaria de Estado da Cultura e Economia Criativa e conta também com Conselho Regional de Arquitetura e Urbanismo como Co-realizador.

Em Arapiraca, a oficina vai acontecer em três sábados consecutivos, nos dias 13, 20 e 27 de julho, das 9h às 13h. Nos dias 13 e 20, os encontros serão na sede da startup Phi Criativo, que fica na rua Antônio Marroquim, nº 673, no bairro do Baixão. Já no dia 27 está prevista uma visita de campo ao povoado Fernandes, zona rural da cidade e berço do grupo de cânticos e do coco de roda do Mestre Nelson Rosa.

“Arapiraca fica no coração do estado e tem características peculiares de uma região fronteiriça: nem de mar, nem de sertão, tampouco zona da mata. E serve de farol cultural para dezenas de cidades vizinhas, atraindo muitas manifestações culturais, que precisam ser reconhecidas para serem preservadas”, defende a arquiteta e urbanista arapiraquense Rosângela Carvalho, vice-presidente do IAB/AL.

Idealizadora da oficina em sua cidade, Rosângela explica que a atividade fará uma leitura sobre o território agrestino e suas manifestações culturais, mapeando as iniciativas relevantes tendo em vista o centenário da cidade. A escolha dos grupos de cânticos e de coco de roda para análise de casos se deu pelo destaque que ambos conquistaram a partir de um estudo da pesquisadora Renata Mattar, patrocinado pelo SESC São Paulo. Mestre Nelson Rosa e as destaladeiras chegaram a circular em turnê pelo país, apresentando a autêntica cultura popular arapiraquense (como pode ser visto neste vídeo https://tinyurl.com/5n979b8p).

“É uma oficina de grande relevância para a preservação histórica e cultural de Arapiraca. Podem participar profissionais e estudantes de arquitetura e urbanismo e de outras áreas, integrantes de grupos culturais ou produtores de cultura e qualquer pessoa interessada em estudar o tema”, convida a vice-presidente do IAB/AL. A oficina é gratuita para fazedores de cultura; R$ 120 para profissionais de Arquitetura e Urbanismo; R$ 60 para estudantes de todas as áreas e R$ 150 para demais interessados. A programação completa e as inscrições estão disponíveis pela plataforma www.sympla.com.br/iabalagoas.

DA GEMA AO SALO

Projeto Da Gema ao Sal encerrou no último sábado (15) a oficina de  Maceió “Cartografia Afetiva dos Bairros Afundados”, que debateu o conceito de patrimônios sensíveis e as perdas culturais e históricos provocadas pelo crime socioambiental pela mineração da Braskem.

Em Setembro, o projeto vai realizar o minicurso “Noções de Técnicas de Restauro e Conservação”, em Marechal Deodoro, exclusivo para profissionais e estudantes de Arquitetura e Urbanismo e também com inscrições abertas pelo Sympla.

SERVIÇO

PROJETO DA GEMA AO SAL – IAB/AL

O quê: Oficina Patrimônio Imaterial no Agreste Alagoano e Políticas Públicas Culturais

Quando: 13, 20 e 27 de julho, das 9h às 13h.

Local: Sede da Phi Criativo, rua Antônio Marroquim, nº 673, no bairro do Baixão.

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