Homens ganham 17% a mais que mulheres no Brasil, diz IBGE

 

 

Em 2022, entre as pessoas empregadas no país, 54,7% eram homens e 45,3%, mulheres. Enquanto eles ganharam em média R$ 3.791,58, elas receberam R$ 3.241,18. Ou seja, os homens receberam um salário médio 17% maior do que as mulheres. Essas informações constam nas Estatísticas do Cadastro Central de Empresas (Cempre), divulgadas nesta quinta-feira (20/6) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Em termos de ocupação por setores, os homens tiveram maior participação em áreas como construção (87,6%), indústrias extrativas (84,2%) e transporte, armazenagem e correios (81,7%). As mulheres marcaram maior presença em segmentos como saúde humana e serviços sociais (74,8%), educação (67,3%) e alojamento e alimentação (57,2%).

Em relação à escolaridade, 76,6% do pessoal ocupado assalariado não tinha nível superior em 2022. O pessoal ocupado assalariado sem nível superior, os 23,4% restantes, recebeu R$ 2.441,16 e o com ensino superior, R$ 7.094,17, aproximadamente três vezes mais.

9,4 milhões de empresas

A pesquisa do IBGE constatou ainda que, no fim de 2022, havia 9,4 milhões de empresas e outras organizações formais ativas no país. Elas ocupavam 63 milhões de pessoas. Desse total, 6,6 milhões eram firmas sem pessoal assalariado (69,6%) e 2,9 milhões com pessoas assalariadas (30,4%).

As empresas sem pessoas assalariadas ocupavam 8,4 milhões de pessoas (13,5%), todos sócios e proprietários. As empresas com assalariados empregavam 54,3 milhões de pessoas (86,5%), sendo 50,2 milhões assalariados.

Média salarial

A média salarial foi de R$ 3.542,19. Em termos de salário médio mensal, os mais altos foram pagos pelas empresas com assalariados e observados no Centro-Oeste, com 3,3 salários mínimos, seguido pelo Sudeste (3,2), Sul (2,8), Norte (2,7) e Nordeste (2,3).

Entre as atividades econômicas, os maiores valores foram pagos pelo setor de eletricidade e gás (R$ 8.312,01), seguido por atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (R$ 8.039,19) e organismos internacionais (R$ 6.851,77).

“Apesar de tais atividades pagarem salários médios mensais mais elevados, ocuparam, juntas, 1,3 milhão de pessoas, ou seja, somente 2,6% do pessoal assalariado”, diz Eliseu Oliveira, o analista da pesquisa do IBGE.

Os menores salários médios mensais foram pagos nas áreas de alojamento e alimentação (R$ 1.769,54), atividades administrativas e serviços complementares (R$ 2.108,28) e agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (R$ 2.389,15). “Essas atividades absorveram, juntas, cerca de 7,6 milhões de pessoas, ou seja, 15,2% do pessoal ocupado assalariado”, afirma Oliveira.

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