Com investigações em curso, PGR avalia ter o bastante para denúncias
A Procuradoria-Geral da República (PGR) recebeu com tranquilidade a notícia de que a Polícia Federal (PF) finalizará em breve as investigações envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Ontem (11), o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, anunciou que quatro casos serão concluídos entre junho e agosto.
Os inquéritos próximos de conclusão incluem:
- Fraude no cartão de vacina contra a covid-19 para entrar nos EUA;
- Comércio de joias pertencentes à União;
- Tentativa de golpe de Estado;
- Uso de uma Abin paralela para fins pessoais.Com base nas provas públicas, a PGR, liderada por Paulo Gonet, considera que as investigações sobre o comércio de joias são suficientes para oferecer denúncias. Assim, essas apurações não serão reabertas caso a PF solicite indiciamento.
Os outros casos ainda estão em fase de conclusão, e as informações disponíveis não são suficientes para um veredito final.
Somente após a conclusão dos inquéritos a PGR poderá agir. A apresentação das denúncias ao Supremo Tribunal Federal (STF) será acelerada, já que o STF costuma conceder um prazo curto para a manifestação da PGR após o término do inquérito.
A PGR reconhece que, mesmo com a celeridade da PF e do STF, o prazo é muito próximo à campanha e às eleições de 2024, e uma contaminação do debate público já é esperada.