Análise pericial comprova que homem encontrado morto em cama de casa foi assassinado
O Instituto de Criminalística (IC) informou nesta terça-feira, 11, que os exames preliminares realizados em uma casa de Maribondo no dia 07 de maio deste ano onde um corpo foi encontrado deitado na cama e coberto com uma manta apontam que o homem, identificado como Givanildo Pedro da Silva, foi vítima de homicídio.
A equipe pericial, composta pelo perito criminal José Adriano, o fotógrafo Paulo Winteler e o motorista Jackson Oliveira, foi acionada para um caso em que o homem havia falecimento dentro da residência no Centro da cidade. O corpo estava na cama, coberto com uma manta, lençol e peças de roupa. Tudo levava a crer que era uma cena de morte natural.
No entanto, ao chegar a casa, o perito criminal percebeu que algo de estranho tinha acontecido naquele imóvel. Mesmo a casa não apresentando sinais de desalinho, que poderia também indicar uma ação violenta, o integrante da Polícia Científica identificou que não se tratava de uma morte clínica, mas de um crime contra a vida.
“O corpo estava molhado. Pressionado o abdômen da vítima, um líquido era expelido pela boca. O cadáver apresentava também hematoma na região orbitária esquerda, lesões contusas na porção posterior do tronco e discreta marca de instrumento constritor no pescoço”, apontou José Adriano.
Com a suspeita de crime, o perito criminal e equipe, seguiu com o exame pela casa, onde encontrou uma caixa d’água de 500L, no piso da área de serviço, e no interior dela, fragmentos de material orgânico (vômito) dispersos no meio líquido, o qual foi coletado. A partir daí começou a se montar a dinâmica do crime, comprovando que a vítima foi imersa na água e depois colocada na cama.
Adriano ainda coletou sangue da vítima no colchão da cama onde se encontrava e material biológico nas unhas das mãos. Essas amostras estão acauteladas no IC, caso necessário, poderão ser utilizados para posterior exames de DNA, para confrontar com material genético de suspeitos de terem praticado o crime.
“Quando conclui a perícia de local, o cenário mostrou que a vítima sofreu asfixia por afogamento, lesões contusas e constrição do pescoço com instrumento do tipo fio ou corda, tendo sido conduzida pelos seus algozes para a cama, fazendo parecer que a vítima teria morrido de causa natural”, afirmou José Adriano.
O trabalho realizado pelo Instituto de Criminalística foi determinante para mudar os rumos das investigações do inquérito policial que apurava a morte da vítima. Na última semana, dois homens foram presos pela Polícia Civil e confessaram ter enforcado e afogado a vítima até a morte.