PMs, CACs e lojistas são investigados por venda de armas e munições para facções do estado

 

Alagoas é alvo de uma operação da Políca Federal que combate uma organização criminosa formada por policiais militares, CACs, e lojistas, especializada na venda de armas e munições para facções. Os mandados de prisão e de busca e apreensão estão sendo cumpridos no estado, na Bahia e em Pernambuco, na manhã desta terça-feira (21). Não há informações, até o momento, sobre o número de presos.

Segundo a PF, a ação denominada “Fogo Amigo” investiga pessoas envolvidas no comércio ilegal de armamentos e acessórios para os grupos que comandam a criminalidade em Alagoas, Bahia e Pernambuco. Ao todo, 53 mandados foram expedidos, sendo 20 de prisão preventiva e 33 de busca e apreensão.

“A Polícia Federal, em ação integrada com o GAECO Norte do MP/BA, e com o apoio da CIPE-CAATINGA, BEPI (PM/PE); CORE-Polícia Civil da Bahia; GAECO/PE; FORCE/COGER; CORREG (Polícia Militar da Bahia e de Pernambuco); e Exército Brasileiro, deflagrou, na manhã desta terça-feira (20), a Operação FOGO AMIGO, com o objetivo de desarticular organização criminosa formada por diversos policiais militares dos Estados da Bahia e Pernambuco, CACs e lojistas”, explicou a PF no início da nota enviada à imprensa.

Ainda de acordo com a polícia, desde as primeiras horas da manhã, cerca de 325 federais, grupos táticos da PF/BA, PM/BA, PM/PE, PC/BA GAECO/BA, GAECO/PE e Exército, dão cumprimento às ordens judiciais. Foi deferido, ainda, o sequestro de bens e bloqueio de valores de até R$ 10 milhões dos investigados, além da suspensão da atividade econômica de três lojas que comercializavam material bélico de forma irregular.

Durante a deflagração da operação, o Exército Brasileiro realizou fiscalização em outras lojas que comercializam armas, munições e acessórios controlados nos municípios de Juazeiro/BA e Petrolina/PE.

Os investigados vão responder pelos crimes de organização criminosa, comercialização ilegal de armas e munições, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica, cujas as penas somadas podem chegar a 35 anos de reclusão.

FOGO AMIGO

O nome da operação faz alusão ao fato de que os policiais integrantes da organização criminosa vendem armas e munições de forma ilegal para criminosos faccionados e que acabam sendo utilizadas contras os próprios órgãos de segurança pública.

A Polícia Federal informou que vai a apuração, na tentativa de elucidar a real amplitude da suposta organização criminosa, bem como identificar outros integrantes.

 

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