Desaparecimento de PM completa 1 mês; delegado cita “execução covarde”
O desaparecimento do soldado da Polícia Militar (PM) Luca Angerami, de 21 anos, completou um mês nessa terça-feira (14). Sem informações concretas sobre o paradeiro do PM, o caso é tratado como homicídio pela equipe de investigação da Delegacia Sede do Guarujá, mas as buscas continuam em diferentes comunidades.
No período, as equipes encontraram 12 cadáveres. Até onde se sabe, eles não têm relação com a morte de Luca Angerami. As investigações levaram à prisão de oito suspeitos.
Na noite de 14 de abril, mesmo dia do desaparecimento, um homem identificado como Edivaldo Aragão, de 36 anos, foi preso por ser suspeito de participar do suposto assassinato de Luca. Ele foi abordado por policiais militares na Rua das Magnólias, próximo à adega.
A Delegacia de Homicídios de Santos, a Polícia Civil descartou o homem das investigações por entender que ele não teve envolvimento e confessou a mando de uma organização criminosa. Ele apenas foi indiciado por obstrução à justiça.
2º preso confessa envolvimento no sequestro
- Na noite do dia 18, Carlos Vinicius Santos da Silva, de 26 anos, foi preso na Avenida das Acácias. Uma equipe da Polícia Militar leu mensagens em um celular que comprovaram a participação dele no crime. É ele quem aparece ao lado do soldado da PM na biqueira da comunidade Santo Antônio, a última imagem que se tem de Luca.
Mais quatro presos e carro apreendido
- Depois que Carlos Vinicius foi detido, a polícia identificou mais suspeitos envolvidos, com base no depoimento e mensagens.
- No dia 19 de abril, quatro foram presos. Cada um teria uma responsabilidade: um teria ficado com a arma de Luca; outro seria o dono da biqueira; um suspeito de abandonar o carro, e outro dirigido com o PM até a comunidade.
Sétimo e oitavo presos
Um sétimo suspeito, conhecido como “Caga”, se apresentou espontaneamente na Divisão de Homicídios de Santos no dia 22 de abril.
Nono preso
Segundo a SSP-SP, o último preso foi um homem, de 41 anos, capturado por PMs na última sexta-feira (10) no bairro Jardim Primavera, em Guarujá.
Na ocasião, uma equipe viu o rapaz em atitude suspeita em uma via pública. Assim que ele notou a presença policial, entrou em um comércio, mas foi seguido pelos agentes. Em busca no sistema, a corporação constatou que havia um mandado de prisão temporária expedido contra ele.
Apesar de o conteúdo do mandado não ter sido divulgado, ele é suspeito de estar envolvido no crime contra o soldado.