Madonna foi excomungada três vezes pela Igreja Católica

 

Em suas quatro décadas de carreira, Madonna sempre foi uma artista contestadora. Nunca interessou para a Rainha do Pop se adequar aos padrões. Ela sempre partiu para o confronto, tentando promover mudanças na forma de pensar e agir dos indivíduos. Por isso, não é de se estranhar que ela tenha despertado a ira das instituições e dos conservadores.

A Igreja Católica sempre foi alvo das objeções da artista. Em represália, a instituição excomungou a artista três vezes. A primeira aconteceu logo no início da carreira da cantora, que já chegou implodindo aquilo que considerava ultrapassado.

Primeira excomungação: 1989, com Like a Prayer

A primeira vez que a artista sofreu represálias da Igreja Católica foi em 1989, quando lançou a música e o videoclipe de Like A PrayerA polêmica aconteceu após a artista representar Jesus Cristo como um homem negro durante as cenas. Ela também apareceu beijando o personagem e cantando na frente de uma cruz – uma dupla referência, à Ku Klux Klan e à Igreja.

Segunda excomungação: 1990, com Like a Virgin

A segunda vez que Madonna despertou a ira da Igreja Católica foi no ano seguinte, em 1990. Em uma de suas turnês, a artista simulou masturbação no palco, ato que gerou polêmica. Na época, a Igreja Católica considerou o ato um “pecado”. A reação foi tão grande que o pontífice João Paulo II, que estava à frente da igreja na época, pediu um boicote aos shows na Itália e classificou a apresentação como um “Circo do Diabo”.

Terceira excomungação: 2006, com Live to Tell

Durante a Confessions Tour, Madonna voltou a gerar polêmica ao aparecer performando em uma cruz espelhada. Na época, ela também usou uma coroa de espinhos na cabeça, fazendo novamente referência ao calvário de Jesus Cristo. Após a apresentação, Bento XVI pediu que a artista fosse excomungada por blasfêmia.

Pediu encontro com Papa Francisco

Em 2022, Madonna pediu um encontro com Papa Franciso para “resolver” os assuntos do passado. “Sou uma boa católica. Eu juro. Quero dizer, eu não juro. Já se passaram algumas décadas desde a minha última confissão. Seria possível nos encontrarmos um dia para discutir alguns assuntos importantes?”, escreveu a cantora no Twitter. “Fui excomungada três vezes. Não parece justo”, acrescentou.

O que significa ser excomungado?

De acordo com Dom Odilo Scherer, bispo e cardeal da Igreja Católica, a excomunhão é a censura mais grave imposta a algum membro da Igreja, por motivos muito sérios, mediante a qual ele é excluído da comunhão dos fiéis, ou seja, do vínculo jurídico-social com a Igreja. “É uma pena canônica, que não implica necessariamente na perda do vínculo espiritual com o corpo místico de Cristo, o que só acontece com a negação ou a perda da fé. O Direito Canônico prevê diversos tipos de excomunhão, com efeitos também diversos”, disse ele ao site da Arquidiocese de São Paulo.

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