Prefeitura confirma que hospital não funciona com 100% da capacidade

 

O suposto superfaturamento na compra de um hospital pela Prefeitura de Maceió, sob administração do prefeito JHC (PL), com recurso proveniente da indenização da Braskem causou perplexidade entre os membros da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), que investiga as responsabilidades da empresa Braskem no afundamento do solo em cinco bairros na capital.

Na sessão da última terça-feira (23), no Senado, onde a CPI desenvolve os trabalhos de investigação, o procurador-geral do Município, João Lobo, relatou que, do total de R$ 1,7 bilhão pactuado entre a mineradora e a gestão JHC, apenas R$ 950 milhões foram pagos até o momento. Desse valor, R$ 266 milhões foram destinados à aquisição do Hospital do Coração (batizado por JHC de Hospital da Cidade – HC), um equipamento de alta complexidade ainda em construção, gerando questionamentos entre os senadores presentes na comissão.

O que mais chamou a atenção do presidente da CPI, o senador Omar Aziz (PSD-AM), foi o valor pago pela prefeitura de Maceió em um hospital que tem pouco mais de 100 leitos.
“Está de brincadeira que vocês [Prefeitura de Maceió] comprar um hospital com pouco mais de 100 leitos por mais de R$ 260 milhões. Não pode um hospital de 100 leitos custar um valor desse. Um hospital de pouco mais de 100 leitos não custa R$ 260 milhões. É muito dinheiro para um hospital”, criticou o presidente da CPI.

NÃO FUNCIONA COM 100% DA CAPACIDADE

Também gera uma série de dúvidas sobre os atendimentos e serviços do Hospital da Cidade quem passa pela região, na Gruta de Lourdes, onde a unidade está localizada. A movimentação de pacientes praticamente não existe.

 

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