‘Ela era saudável’, relata tutora de gata morta durante cirurgia

 

A dona de casa Christiane Duarte, tutora da gata Mary, que morreu após ser levada para uma cirurgia de castração em Maceió, em 19 de janeiro, não esconde a tristeza de ter perdido seu animal

Em um relato ela contou que a gata era saudável, não tinha doenças, e que a falsa veterinária cobrou R$ 100 pelo procedimento, o que resultou na morte do animal.

O valor cobrado incluía, além do procedimento de castração, o direito de buscar e devolver o animal na casa da tutora sem qualquer custo adicional. “Eu achei estranho porque queria conhecer o local, mas ela insistiu em vir buscar. Como minha vizinha já tinha feito o procedimento do seu pet com ela, eu confiei a minha gatinha. Ela veio no dia 19 de janeiro com um homem, que desceu, pegou minha gata e a colocou no carro. Foi a última vez que vi minha gata”, relatou a tutora.

A falsa veterinária buscou o animal às 5h40 e se comprometeu a devolvê-lo entre 17h e 18h. Porém, ao perceber que a gata estava morrendo, ligou para a tutora. “Ela disse que minha gata estava morrendo, que estava tendo uma parada cardíaca e com as patas duras. Disse que ia ter que enterrar o animal e o homem [que faria o serviço] cobrava R$ 70”, disse Christiane.

“Minha gata era saudável, não tinha doenças, só ia ser castrada. Depois comecei a juntar as coisas, porque ela me mandou uma receita do medicamento que minha gata iria tomar após a cirurgia, mas não tinha carimbo”, acrescentou a tutora da gata Mary.

A tutora relata ainda que não foi autorizada a ir resgatar o corpo, não recebeu nenhuma foto da gata morta nem do local onde o animal teria sido enterrado. Foi daí que ela procurou a delegacia e abriu um Boletim de Ocorrência (BO).
A mulher foi localizada no Benedito Bentes, levada para prestar esclarecimentos, onde foi descoberto que era uma falsa veterinária, e liberada.

O que disse à polícia:

Em depoimento, a falsa médica confessou que não possui habilitação para exercer a profissão e foi indiciada pelo crime de maus-tratos com morte de animal. “Ao ser ouvida, a mulher confirmou a realização da cirurgia e confessou que não é médica veterinária, não habilitada para realizar o procedimento. Alegou ter adquirido alguns conhecimentos na área após ter trabalhado um tempo como auxiliar de veterinário”, informou a Polícia Civil de Alagoas (PC/AL).

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