Justiça de Alagoas mantém presos 15 integrantes de torcidas organizadas

 

 

A Justiça de Alagoas manteve 15 integrantes de torcidas organizadas presos por envolvimento em ataques a bomba e agressões em Maceió. Onze deles são dirigentes das torcidas Mancha Azul e Comando Alvirubro. Eles respondem por organização criminosa, associação ao tráfico de drogas e uso indevido de símbolos oficiais.

Os presos foram acusados pelo Ministério Público por levar o terror às ruas, principalmente em dias de jogos. Nos últimos dois anos, a polícia apreendeu pelo menos 50 bombas em Maceió. Três pessoas morreram nesses ataques. As bombas caseiras mutilaram duas pessoas, um catador de latinhas e um funcionário do HGE.

“Como eles não conseguem acessar os estádios de futebol, com os artefatos, eles acabam — dias antes — deixando eles escondidos nas proximidades [dos estádios]. Quando eles conseguem ter oportunidade, eles vão lá, alcançam esses artefatos que eles sabem onde previamente esconderam, para usar na guerra”, explicou o delegado Lucimério Barros Campos.

Segundo a Polícia Civil, as torcidas organizadas do CSA, Mancha Azul, e do CRB, Comando Alvirubro, se encontravam para assistir aos jogos no Estádio Rei Pelé. Dentro do estádio praticamente não havia confusão. A violência ocorria do lado de fora com qualquer pessoa que estivesse vestida com a camisa de um dos dois times.

“Aquela associação de pessoas ali, ela tinha perdido completamente a relação com o futebol, e estava tendo uma relação agora com a criminalidade”, disse o delegado.

Bombas eram fabricadas nas sedes das torcidas

Segundo as investigações, nas sedes das organizadas, os falsos torcedores fabricavam as bombas. Em conversas obtidas pelo Fantástico, um deles diz: “Demorou, mas eu já estou chegando lá para tá fazendo aqui as bombas”.

Segundo a polícia, no dia em que uma das vítimas foi atingida por uma das bombas, eles colocaram fotos do ferido no WhatsApp e debocharam da situação. “Vai dar em nada não”, diz uma mensagem.

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