Alagoas registra aumento de vírus respiratório em crianças

 

 

 

Divulgado nesta quinta-feira (11/4), o Boletim InfoGripe da Fiocruz faz um alerta para a manutenção do crescimento do vírus sincicial respiratório, o VSR, especialmente em crianças. Apesar da desaceleração nos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) no agregado nacional (sobretudo no Centro-Sul, Norte e Nordeste), permanece o aumento do VSR e da influenza em diversas regiões do país. Referente à Semana Epidemiológica (SE) 14, de 31 de março a 6 de abril, a análise tem como base os dados inseridos no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe) ..

Na presente atualização, 18 estados apresentam sinal de crescimento de SRAG na tendência de longo prazo: Acre, Alagoas, Amazonas, Amapá, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Pará, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Tocantins.A crescente circulação do VSR tem gerado expressivo aumento da incidência e mortalidade de SRAG nas crianças pequenas. Além desse, outros vírus respiratórios com destaque para a ocorrência de SRAG nessa faixa etária continuam sendo a Covid-19 e o rinovírus. Já a mortalidade da SRAG tem se mantido significativamente mais elevada nos idosos, com amplo predomínio de Covid-19. No entanto, o pesquisador do Programa de Computação Científica (Procc/Fiocruz) e coordenador do InfoGripe Marcelo Gomes reforça a atenção para o público infantil: “Nas crianças de até dois anos de idade, os óbitos associados ao VSR superam aqueles associados à Covid-19 nas últimas oito semanas epidemiológicas, refletindo o cenário da circulação viral do período”, avisa Gomes.

A atualização mostra que, no agregado nacional, há sinal de leve crescimento tanto na tendência de longo prazo (últimas seis semanas) quanto na de curto prazo (últimas três semanas). Nas quatro últimas semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos como resultado positivo para vírus respiratórios foi de influenza A (18%), influenza B (0,3%), vírus sincicial respiratório (48,6%) e Sars-CoV-2/Covid-19 (21,9%). Entre os óbitos, a presença desses mesmos vírus entre os positivos foi de influenza A (25%), influenza B (0%), vírus sincicial respiratório (11,2%), e Sars-CoV-2/Covid-19 (60,6%).

Estados e capitais

Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro e Sergipe apresentam aumento apenas nas crianças pequenas, mascarado pela queda na população adulta. Em relação aos casos de SRAG por Covid-19, mantém-se o sinal de queda nos estados do Centro-Oeste, Sudeste e Sul.
Para os demais vírus, há manutenção do sinal de crescimento nas SRAG por VSR e influenza A (gripe) na maior parte do país. Também se observa aumento recente de casos de rinovírus especialmente nas regiões Norte, Centro-Oeste e Sul.

Resultados positivos para vírus respiratórios e óbitos em 2024

eferente ao ano epidemiológico 2024, já foram notificados 29.702 casos de SRAG, sendo 12.903 (43,4%) com resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório, 11.545 (38,9%) negativos, e ao menos 3.392 (11,4%) aguardando resultado laboratorial. Dados de positividade para semanas recentes estão sujeitos a grandes alterações em atualizações seguintes por conta do fluxo de notificação de casos e inserção do resultado laboratorial associado. Dentre os casos positivos do ano corrente, tem-se influenza A (12,9%), influenza B (0,3%), vírus sincicial respiratório (25,4%) e Sars-CoV-2/Covid-19 (48,4%)

Em relação aos casos de SRAG de 2024, independentemente da presença de febre, já foram registrados 2.125 óbitos, sendo 1.279 (60,2%) com resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório, 671 (31,6%) negativos, e ao menos 80 (3,8%) aguardando resultado laboratorial. Dentre os positivos do ano corrente, tem-se influenza A (10%), influenza B (0,2%), vírus sincicial respiratório (3%) e Sars-CoV-2/Covid-19 (84,1%). Nas quatro últimas semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos positivos foi de influenza A (25%), influenza B (0%), vírus sincicial respiratório (11,2%) e Sars-CoV-2/Covid-19 (60,6%).

 

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