União Brasil não deve apoiar candidatura de Rosângela Moro ao Senado
O partido União Brasil já considera praticamente perdida a vaga no Senado ocupada por Sérgio Moro (PR), cuja cassação é iminente devido a alegações de abuso de poder econômico durante as eleições de 2022. Moro, ex-juiz da Lava Jato, agora planeja lançar sua esposa, Rosângela Moro, à vaga que ficará aberta no Senado Federal.
Entretanto, mesmo com esse movimento, o União Brasil parece não estar disposto a apoiar a candidatura de Rosângela no Paraná. A avaliação interna é de que ela não possui o respaldo político necessário para garantir sua eleição no estado.
A cúpula do partido enxerga a fragmentação da direita como um fator que prejudicaria uma possível candidatura. Com nomes como Michelle Bolsonaro (PL), Paulo Martins (PL), Ricardo Barros (PP) e Álvaro Dias (Podemos) na disputa, lançar um novo candidato neste momento poderia diluir ainda mais o eleitorado da direita.
No primeiro dia do julgamento de Sérgio Moro no Tribunal Regional Eleitoral do Paraná, o relator, desembargador Luciano Carrasco Falavinha Souza, votou contra o pedido de inelegibilidade do senador. Para ele, as acusações de gastos excessivos na campanha e obtenção de benefícios indevidos não foram devidamente comprovadas pelo PT e PL, autores das denúncias. O julgamento continua amanhã (03/04), mantendo a incerteza sobre o futuro político de Moro e sua possível influência na candidatura de sua esposa.