Conheça os juízes responsáveis por julgar Sérgio Moro no TRE-PR:

O Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) se prepara para julgar as ações que podem resultar na cassação da chapa do senador Sérgio Moro (União Brasil-PR). O ex-juiz federal é acusado de desequilibrar as eleições para uma cadeira no Senado no Paraná, devido a gastos excessivos na pré-campanha à Presidência da República, o que teria lhe conferido vantagem decisiva, embora Moro negue as acusações.

Em 2021, Moro era pré-candidato à Presidência e, posteriormente, migrou para o União Brasil, após deixar o projeto presidencial do Podemos. A ação movida pelo PT e PL argumenta que os gastos durante a pré-campanha favoreceram Moro na disputa pelo Legislativo federal.

O julgamento no TRE-PR é composto por sete juízes, que ocupam diferentes categorias e são empossados para mandatos de dois anos. Conheça os responsáveis por julgar Moro:

  1. Luciano Carrasco Falavinha Souza (Relator): Não membro efetivo da Corte, assumiu o caso em julho de 2023. Descrito como um juiz com votos contundentes, espera-se um voto extenso e incisivo, especialmente sobre um parecer pago por Moro a seu suplente na chapa ao Senado.
  2. Anderson Ricardo Fogaça: Juiz estadual de primeiro grau, iniciou seu mandato efetivo no TRE-PR em julho de 2023. Apesar de discreto, é projetado como um juiz com voto contundente.
  3. Guilherme Frederico Hernandes Denz: Também juiz de Direito, começou seu mandato no TRE-PR em julho de 2023. Sua projeção de voto é considerada uma incógnita, mas espera-se que siga as evidências apresentadas nos autos.

  4. Claudia Cristina Cristofani: Desembargadora federal e decana do TRE-PR desde 2022, é descrita como uma magistrada com orientação mais garantista. Não se descarta a possibilidade de ela pedir vista do caso.
  5. Julio Jacob Junior: Advogado nomeado por Lula em maio de 2023. Proximidade com o ex-governador do Paraná Beto Richa leva a projeções de um voto pela cassação de Moro.
  6. José Rodrigo Sade: O mais novo juiz-membro do TRE-PR, integra uma das vagas destinadas aos advogados. Sua indicação foi oficializada em fevereiro deste ano.

O presidente do TRE-PR, desembargador Sigurd Roberto Bengtsson, só votará em caso de empate. Ele promete um julgamento transparente, focado no mérito da acusação de abuso de poder econômico. A palavra final, entretanto, caberá ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), independentemente do parecer do TRE-PR.

 

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