Julgamento de PM acusado de homicídio em Maceió: Mãe da vítima busca justiça

O policial militar aposentado Gedival Souza Silva, acusado de assassinar a tiros o motorista da Secretaria de Saúde de Maceió, Fábio Jonathan da Silva, durante um episódio de confronto no trânsito em outubro de 2021, enfrentará seu julgamento nesta sexta-feira (22). Fábio, que tinha 26 anos na época do ocorrido, dirigia um veículo da Secretaria Municipal de Saúde quando foi atingido pelas costas por disparos efetuados pelo militar aposentado.

Rosângela Joventino, mãe de Fábio, compartilhou em entrevista a sua expectativa quanto ao julgamento, expressando o desejo de que Gedival seja condenado. Ela denunciou a ação do PM aposentado como um ato covarde, privando seu filho de qualquer chance de defesa. Rosângela descreveu o impacto devastador que o crime teve sobre sua família, e afirmou que buscará incansavelmente por justiça.

“Ele atirou covardemente, sem dar a meu filho a menor chance de se defender. Quero que a justiça seja feita e que ele seja condenado. Ele destruiu os sonhos do meu filho, minha vida, e a de toda a minha família. É uma dor que parece não ter fim. Amanhã estaremos lá para exigir justiça”, declarou Rosângela.

O advogado da família, Petrúcio Livramento, revelou que a defesa de Gedival tentou adiar o julgamento sob alegação de falta de testemunhas, uma tática que ele classificou como uma artimanha para ganhar tempo.

“Absurdo pensar em adiar um julgamento por causa de uma testemunha. É uma estratégia para prolongar o processo”, afirmou o advogado.

O crime ocorreu em 14 de outubro de 2021 e foi registrado em vídeo por uma testemunha. Nas imagens, Fábio é visto caído no chão, clamando por ajuda enquanto estava ferido (veja abaixo). Ele foi socorrido e encaminhado ao Hospital Geral do Estado (HGE), onde passou por diversas intervenções cirúrgicas e foi internado na UTI, mas acabou não resistindo.

Gedival de Souza Silva, o policial militar responsável pelos disparos, foi preso em flagrante e teve sua detenção convertida para prisão preventiva durante uma audiência de custódia subsequente.

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