Família de Mônica Cavalcante clama por justiça no aniversário de nove meses de seu assassinato
O assassinato brutal de Mônica Cavalcante em São José da Tapera, interior de Alagoas, completa nove meses, deixando sua família ainda lutando por justiça enquanto lidam com a dor da perda e o vazio deixado por sua ausência. Mônica foi vítima de feminicídio, morta a tiros pelo que se acredita ser seu próprio marido, Leandro Pinheiro Barros.
Momentos antes de ser tragicamente morta, Mônica gravou vídeos descrevendo as agressões frequentes que sofria e expressando seu medo de ser assassinada por Leandro. Essas gravações, encontradas em seu celular, destacam a terrível realidade que ela enfrentava em sua vida cotidiana.
“Parece que a ficha ainda não caiu. Foi uma perda brutal e cruel. A ausência dela é devastadora. Pensar que uma jovem tão cheia de vida e sonhos teve sua vida interrompida tão prematuramente é avassalador”, lamenta Heloísa Cavalcante, prima de Mônica.
Mônica, que trabalhava como cuidadora de crianças com deficiência, deixou para trás dois filhos pequenos que agora enfrentam o desafio de crescer sem a presença amorosa de sua mãe. A dor dessa perda é ampliada pela incerteza e pela sensação de impunidade, já que Leandro continua foragido.
A Justiça emitiu um mandado de prisão para Leandro logo após o crime, mas ele conseguiu fugir. Suspeita-se que ele tenha alterado sua aparência física para evitar ser reconhecido, o que dificulta os esforços da polícia para capturá-lo.
Apesar dos esforços das autoridades, Leandro permanece em liberdade, e o processo judicial contra ele foi suspenso até que seja capturado. Esta suspensão é uma medida para evitar a prescrição do crime, mas não traz conforto para a família de Mônica, que anseia por justiça.
“Acreditamos que ele será preso eventualmente. Pedimos que as pessoas denunciem se tiverem informações sobre o paradeiro dele. Não desistiremos até que ele seja responsabilizado pelo que fez”, afirma o promotor Fábio Bastos, que está envolvido no caso.
Enquanto a família de Mônica aguarda por justiça, sua memória vive através da luta incansável por um desfecho adequado para esse trágico episódio de violência doméstica.