Municípios de Alagoas se preparam para pesquisa sobre sequelas da Covid-19
O Ministério da Saúde está dando continuidade à segunda fase da pesquisa “Epicovid 2.0: Inquérito nacional para avaliação da real dimensão da pandemia de Covid-19 no Brasil”. Esta etapa incluirá visitas domiciliares a 33.250 pessoas que tiveram a doença em 133 municípios brasileiros, com o objetivo de coletar dados para subsidiar políticas públicas voltadas ao tratamento das sequelas da Covid-19, conhecidas como “covid longa”. Em Alagoas, os municípios de Maceió e Arapiraca foram selecionados para participar da pesquisa, coordenada pela Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA) em parceria com a Universidade Federal de Pelotas (UFPel).
A secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel, destaca que a pesquisa Epicovid 2.0 faz parte do monitoramento contínuo da Covid-19 realizado pelo Ministério da Saúde desde maio de 2023. Ela ressalta a importância de entender o impacto da doença na vida das pessoas e destaca a necessidade de ampliar serviços como atendimento neurológico, fisioterapia e assistência em saúde mental.
A coleta de dados, coordenada pelo epidemiologista Pedro Hallal, deve durar entre 15 e 20 dias. A pesquisa utilizará informações de cidadãos dos municípios que participaram das fases anteriores do estudo em 2020 e 2021. Os participantes serão selecionados aleatoriamente, e equipes de entrevistadores realizarão visitas domiciliares para coletar informações sobre vacinação, histórico de infecção pelo coronavírus, sintomas de longa duração e os efeitos da doença sobre o cotidiano.
É importante destacar que não haverá coleta de sangue ou outros testes de Covid durante esta fase da pesquisa. A coleta de dados será realizada pela empresa LGA Assessoria Empresarial, contratada pelo Ministério da Saúde, e os entrevistadores estarão devidamente identificados.
As prefeituras dos municípios envolvidos foram comunicadas sobre a pesquisa e participaram de reuniões online para esclarecer dúvidas. Em caso de questionamentos, os moradores podem entrar em contato com as prefeituras ou com a empresa LGA pelos números fornecidos.
O Epicovid 2.0 é uma continuação do estudo iniciado em 2020 e 2021, que ajudou a compreender melhor os efeitos e a disseminação do coronavírus no Brasil. Entre as conclusões das fases anteriores, destaca-se que a quantidade real de pessoas infectadas era três vezes maior do que os dados oficiais, com os mais pobres tendo maior risco de infecção em relação aos mais ricos.