‘Ele não aceitou a separação e puxou a pistola’ aumenta ìndice de violencia doméstica em Alagoas

 

 

 

 

 

 

 

Casada durante 25 anos, a servidora pública Cristina Alexandre sobreviveu por um milagre à tentativa de feminicídio praticada pelo marido. Quando quis sair do relacionamento abusivo, ela levou três tiros, sendo um deles na cabeça. No mês dedicado às mulheres, casos como esse reforçam a importância da rede de apoio para encorajar vítimas a denunciarem seus agressores.

Após esse diálogo, o ex-marido puxou o gatilho três vezes contra ela. Um deles na barriga, outro no pescoço e o último na cabeça. Achando que ela havia morrido, ele deu um tiro em si mesmo, tirando a própria vida. Cristina diz que demorou anos para perceber que vivia em um relacionamento abusivo.

“Fui educada achando que homem manda e mulher obedece. Se você me perguntar como aguentei 25 anos, eu digo que não tinha consciência de todo processo de violência vivido”, as vítimas de violência levam as marcas pela vida inteira. A empresária Silvia Patzsh relembra até hoje as agressões sofridas durante o relacionamento abusivo que teve com um namorado, quando tinha 18 anos. Ela tentou terminar o namoro várias vezes, mas ele não aceitava. Silvia teve que mudar de cidade e ele foi atrás dela.

“Ele chegou de manhã no meu trabalho, de terno e gravata, abriu [o terno] para mostrar que estava armado, tirou duas alianças e falou: ou você casa comigo ou você morre hoje”, relatou.

A empresária disse que o chefe percebeu a situação e acionou a polícia. Porém, após o expediente, ela foi abordada mais uma vez, agora em uma praça pública. Foi ameaçada novamente e saiu. A coordenadora das Delegacias da Mulher, delegada Ana Luiza Nogueira, diz que o aumento no número de medidas protetivas é um indicador positivo que demonstra que as mulheres estão mais confiantes em buscar apoio e ajuda.

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