Mulher que agrediu casal gay em padaria de SP é identificada pela polícia e intimada a depor; vítimas relatam suposta ameaça com arma

Por Alessandra Conceição

A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo anunciou nesta quarta-feira (7) que a mulher responsável por agredir e proferir xingamentos homofóbicos a um casal gay em uma padaria de Santa Cecília, na capital paulista, foi identificada e intimada a prestar depoimento. Os policiais militares que atenderam à ocorrência também serão ouvidos no curso da investigação.

O casal agredido, Adrian Grasson Filho e Rafael Gonzaga, ambos de 32 anos, já prestou depoimento na segunda-feira e passou por exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal.

A pasta ressaltou que o setor de investigação analisa gravações e realiza diligências para identificar novas testemunhas e obter outras evidências que possam esclarecer os fatos.

Durante o episódio, conforme relatado ao GLOBO pelo engenheiro civil Adrian Grasson Filho, a suspeita teria ameaçado resolver a situação com uma arma que alegava possuir em seu carro. A chegada da Polícia Militar, porém, não resultou na prisão da agressora, e o casal afirma que os policiais não levaram a sério as supostas ameaças e agressões sofridas.

O caso, registrado como preconceito de raça ou cor e lesão corporal pela Delegacia de Repressão aos Crimes Raciais contra a Diversidade Sexual e de Gênero e outros Delitos de Intolerância (Decradi), está sendo investigado pela Polícia Civil de São Paulo.

Os ataques ocorreram após o casal tentar estacionar em uma vaga da padaria e se deparar com três pessoas, duas mulheres e um homem, que ocupavam o espaço. A situação escalou quando uma das mulheres começou a insultar o casal e, posteriormente, agredi-los fisicamente.

Os detalhes das agressões foram registrados em um boletim de ocorrência, e um vídeo mostra parte da briga, onde a suspeita profere insultos homofóbicos e agride o casal. Apesar dos esforços do casal em acionar a polícia, eles relatam que os agentes não agiram prontamente para conter a situação, o que gerou críticas quanto à resposta policial diante do caso.

O GLOBO tentou contato com a suspeita das agressões e sua advogada, mas não obteve retorno até o momento. A Polícia Civil de São Paulo ainda não forneceu atualizações sobre a investigação do caso.

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