Aumento de casos de hanseníase preocupa em Alagoas; saiba sobre transmissão e tratamento

Por Alessandra Conceição

O estado de Alagoas registrou um aumento significativo nos casos de hanseníase, com 349 novos diagnósticos em 2023, representando um crescimento de 32,2% em relação a 2022, conforme dados do Ministério da Saúde.

A hanseníase, anteriormente conhecida como lepra e mal de Lázaro, é uma doença infecciosa e contagiosa que afeta a pele e os nervos, causada pelo bacilo Mycobacterium leprae. A transmissão ocorre por meio de contato próximo e prolongado com pessoas doentes que não estejam em tratamento, sendo disseminada por meio da fala, tosse ou espirro.

Clodis Tavares, coordenadora do Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas por Hanseníase (Morhan) de Alagoas, esclarece que a hanseníase não é hereditária, e a transmissão não ocorre por meio de gestos cotidianos, como apertos de mão, abraços, beijos ou relações sexuais, além de não ser transmitida por animais.

Os sintomas da hanseníase incluem manchas esbranquiçadas ou placas avermelhadas na pele, áreas dormentes, alterações na sensação de calor, frio, dor ou toque, além de caroços e inchaços no corpo. O tratamento é gratuito e eficaz, realizado nas Unidades de Saúde do SUS por meio da poliquimioterapia (PQT), utilizando antibióticos. O tratamento regular interrompe a transmissão da doença, e é crucial que familiares e contatos próximos também sejam examinados. A hanseníase tem cura, e os pacientes são orientados quanto aos cuidados após o término do tratamento, com acompanhamento mensal na unidade de saúde.

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