Nova Política Industrial: Uma oportunidade para o crescimento de Alagoas

Por Alessandra Conceição

O lançamento da nova política industrial brasileira tem gerado diferentes opiniões entre especialistas, sendo comemorada com cautela pelas entidades. José Carlos Lyra de Andrade, presidente da Federação das Indústrias do Estado de Alagoas (FIEA), elogiou o plano, mas defendeu uma abordagem cautelosa em relação às medidas fiscais e tributárias.

Cícero Péricles, economista e professor da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), destaca que a nova política é uma “grande oportunidade” para o crescimento do estado. Ele argumenta que investimentos na industrialização são fundamentais para o desenvolvimento e aponta exemplos de sucesso de países como Estados Unidos, Japão, Alemanha e China.

Com um aporte de R$ 300 bilhões até 2026, principalmente em financiamentos, a nova política industrial visa revitalizar a indústria brasileira. José Carlos Lyra ressalta a importância da indústria em setores como agroindústria, infraestrutura, saneamento, moradia e mobilidade. Ele destaca o papel da indústria como a “locomotiva do desenvolvimento nacional.”

Péricles observa a desindustrialização no Brasil, que também impacta Alagoas, e destaca a necessidade de um financiamento para apoiar a industrialização local. Ele vê uma “grande oportunidade” nesse cenário, especialmente para micro e pequenas empresas no estado.

Ricardo Alban, presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), enxerga a iniciativa como um caminho consistente para revitalizar a indústria, investir em tecnologia e inovação, e melhorar a competitividade do Brasil globalmente.

Apesar das críticas de alguns especialistas, a nova política industrial é defendida como um passo importante para unir todos os setores da economia. O debate sobre sua viabilidade macroeconômica e a retomada da compra de ações por parte do governo são pontos de discussão intensa. O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, rebate críticas, defendendo a necessidade de investimento estatal e citando exemplos de sucesso em outros países.

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