Tragédia Anunciada: Enfermeira grávida pediu medidas contra ex 3 meses antes de ser assassinada
Por Alessandra Conceição
A história chocante da enfermeira Íris Rocha, de 30 anos, grávida de oito meses, ganha contornos sombrios à medida que é revelado que ela havia registrado um boletim de ocorrência três meses antes de ser encontrada morta no Espírito Santo. O documento detalha agressões cometidas pelo ex-namorado, Cleilton Santana dos Santos, de 27 anos, agora considerado o principal suspeito do assassinato.
O boletim, datado de (5) de outubro de 2023, descreve um episódio em que Cleilton aplicou um “mata-leão” em Íris, resultando em seu desmaio. Após recuperar a consciência, a enfermeira estava com o nariz sangrando e tossindo. O registro aponta que, após a agressão, o ex-namorado deu um banho em Íris e deixou a casa para trabalhar. Ao compartilhar o incidente com uma colega, a enfermeira foi incentivada a denunciar e solicitou uma medida protetiva.
Paralelamente, Cleilton também registrou um boletim de ocorrência no mesmo dia, alegando que o relacionamento havia terminado devido ao comportamento “destemperado” de Íris. Ele afirmou que a enfermeira mencionou ter feito uma queixa contra ele, mas se reatassem, retiraria a denúncia, classificando-a como caluniosa.
A tragédia culminou na descoberta do corpo de Íris às margens de uma estrada rural em Alfredo Chaves, com sinais de violência. A perícia revelou que ela foi alvejada por pelo menos dois disparos na região do tórax. Cleilton, agora sob custódia, é apontado como o principal suspeito do caso que abalou a comunidade. Íris Rocha, mãe de um menino de 8 anos, deixa um rastro de dor e questionamentos sobre a proteção a vítimas de violência doméstica.