Hacker que desviou R$ 4 milhões de empresa alagoana é preso em Goiás
Um hacker foi preso, nesta quinta-feira (11), na cidade de Trindade, em Goiás, em cumprimento a um mandado de prisão pela 17ª Vara Criminal da Comarca de Maceió, em Alagoas. Ele é apontado como autor de desviar mais de R$ 4 milhões de uma empresa de engenharia civil alagoana. A operação foi deflagrada em Pernambuco e em mais três estados.
O alvo da operação era integrantes de uma organização criminosa envolvidos em furto, invasão de computadores e lavagem de dinheiro. Segundo informações da Polícia Civil do estado de Pernambuco, o homem preso em Goiás, identificado como Cleiton Rosa da Silva, teria cometido o crime em 2020.
Segundo o delegado da Delegacia de Repressão aos Crimes Cibernéticos, Eronides Meneses, a polícia foi informada pelo Banco do Brasil sobre o crime, após o cliente acordar com R$ 4 milhões a menos na conta. Ainda segundo o delegado, Cleiton realizou praticou o crime a noite, quando fez 172 transações para contas distintas.
Para a polícia, o hacker enviou um “fishing” (quando os criminosos tentam obter informações confidenciais, como senhas, números de cartão de crédito, informações bancárias ou outros dados pessoais, fingindo ser uma entidade confiável) para alguém com acesso à conta da empresa.
No entanto, não foi possível identificar, durante as investigações, quem foi a pessoa que caiu na armadilha do hacker, nem de que forma o “fishing” foi enviado. Após a pessoa cair no golpe, o hacker teve acesso a informações que o levaram um celular, do qual ele conseguiu realizar as operações bancárias.
Com a descoberta do golpe, o Banco do Brasil ressarciu o cliente, ficando com o prejuízo.
A operação cumpriu 26 mandatos de busca e apreensão nos estado de Pernambuco, Piauí e Goiás. Também foram determinados sequestro de bens e valores e bloqueio judicial de ativos financeiros.
Além de Cleiton, pessoas que emprestaram as contas para receber o dinheiro e integrantes do núcleo principal da quadrilha, como a esposa de Cleiton Rosa, também foram alvos da operação.
A Justiça de Alagoas autorizou o bloqueio de R$ 8 milhões de contas bancárias de oito envolvidos nos crimes. Cleiton Rosa, que segundo a polícia é réu primário, também teve bens, como carros de luxo, sequestrados.