Erro médico leva a seis anos de tratamento de câncer de mama inexistente e resulta em indenização de R$ 200 mil

Por Alessandra Conceição

A Amico Saúde, empresa médica de São Bernardo do Campo, foi condenada pela Justiça de São Paulo a pagar R$ 200 mil de indenização a uma mulher que passou seis anos tratando um câncer de mama inexistente devido a erros médicos no diagnóstico e tratamento.

Em junho de 2010, a mulher foi erroneamente diagnosticada com câncer de mama, resultando em uma mastectomia meses depois, quando tinha 54 anos. Em outubro do mesmo ano, um novo exame indicou metástase óssea, levando-a a iniciar a quimioterapia. Em 2014, ao mudar de plano de saúde, o tratamento continuou com adaptações motivadas por efeitos colaterais.

Somente em 2017, um novo corpo médico suspeitou do erro de diagnóstico, solicitando um PetScan que confirmou a inexistência da metástase óssea. A Justiça considerou que a paciente teve seu curso de vida alterado devido a uma doença gravíssima que nunca existiu, destacando a angústia psicológica, dor crônica, insônia, perda óssea, perda de dentição e limitação dos movimentos da perna devido às lesões nos ossos.

A decisão judicial apontou a negligência dos médicos no acompanhamento da paciente, destacando a falta de explicação para a persistência do erro no prontuário. Em 2023, a Amico Saúde concordou em pagar os R$ 200 mil em um acordo com a mulher, encerrando o processo.

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