Alerta Médico: Riscos do manuseio de fogos de artifício nas festas de fim de ano

A Sociedade Brasileira de Cirurgia da Mão (SBCM) emitiu um alerta sobre os perigos associados ao manuseio de fogos de artifício durante as celebrações de fim de ano. Embora façam parte das tradições natalinas e de Réveillon, os fogos representam um risco potencial se não forem tratados com a devida cautela. Dados do Ministério da Saúde indicam que, de 2019 a 2022, o Sistema Único de Saúde (SUS) registrou 1.548 internações devido a ferimentos causados por fogos de artifício, com uma média de um caso por dia.

O diretor de Comunicação da SBCM, Sérgio Augusto Machado da Gama, expressou a preocupação da entidade com os acidentes frequentes nesta época do ano. As mãos, punhos, rosto e olhos são as partes mais expostas e suscetíveis a lesões provocadas pelos fogos.

Gama destacou que, embora os fogos possam ser apreciados de longe, em locais seguros e por pessoas preparadas, cuidados adicionais devem ser tomados para evitar queimaduras graves, lesões e até mesmo amputações. Sugere-se o uso de prolongadores para manter distância segura ao soltar rojões.

A recomendação é que os fogos de artifício sejam adquiridos em lojas especializadas, evitando produtos de fabricação caseira, e que não sejam reutilizados quando não acendem. Além disso, o consumo de bebidas alcoólicas antes de acender fogos aumenta o risco de acidentes.

Para crianças, os cuidados devem ser redobrados, sendo aconselhável que fiquem a uma distância segura de qualquer artefato pirotécnico. Gama alertou para o fato de que os acidentes com fogos de artifício podem resultar não apenas em queimaduras, mas também em amputações de dedos, destacando a gravidade desses incidentes.

Queimaduras graves requerem atendimento urgente, enquanto queimaduras mais leves podem ser tratadas com lavagem com água corrente e proteção com pano úmido, sendo recomendável procurar um serviço médico. Gama também ressaltou a importância de não aplicar produtos como pasta de dente, clara de ovo ou manteiga em queimaduras, pois podem causar infecções.

Além dos riscos à saúde humana, Gama mencionou que algumas cidades no mundo, como Praga, proibiram a queima pública de fogos devido à poluição, risco de acidentes e aglomerações. Ele enfatizou que os fogos também causam estresse em pessoas e animais sensíveis auditivamente, como bebês, crianças, idosos, autistas e animais. A celebração, segundo ele, deve ser realizada com precaução.