Caso raro: Americana passa por cirurgia de hérnia de disco e surpreende ao acordar com sotaque russo

Os médicos não conseguem explicar como a Americana Abby Fender desenvolveu a síndrome do sotaque estrangeiro.

Nos Estados Unidos, a cantora americana Abby Fender (39), realizou uma cirurgia de hérnia de disco e acordou do procedimento falando com sotaque russo. Detalhe, ela nunca esteve na Rússia!

Segundo o portal R7, o caso ocorreu no estado do Texas, quando a mulher foi diagnosticada com a síndrome do sotaque estrangeiro. Segundo a Sociedade Brasileira de Infectologia, o problema é um distúrbio motor raríssimo que afeta a fala e faz o paciente se comunicar em um sotaque diferente de sua nacionalidade. A condição pode vir acompanhada de outros distúrbios relacionados a linguagem como disartria, afasia e apraxia da fala.

Segundo o portal do Doutor Drauzio Varella, a apraxia é uma dificuldade de planejar e programar as sequências dos movimentos da fala, o que resulta em erros de dicção. Já a afasia é a perda da linguagem em si, que também pode afetar a escrita da pessoa. Enquanto a disartria é uma dificuldade na produção dos fonemas afetando principalmente as vogais.

Em entrevista ao site britânico Daily Mail, Abby Fender conta que logo que acordou da cirurgia percebeu que algo estava errado, ela não tinha mais o controle do volume de sua voz e o sotaque russo se manifestou. Nas suas palavras, ela começou a falar com a voz da Minnie Mouse russa, remetendo à personagem animada da Disney.

A síndrome do sotaque estrangeiro intriga especialista no mundo todo

Ainda na reportagem do R7, neurologistas e especialistas explicam que a condição de sotaque estrangeiro é um resultado de danos na região central do cérebro, chamada de “broca”, que é responsável pela linguagem. A “broca” fica localizada no lobo frontal, que é encarregado pela articulação das ideias e no desenvolvimento da escrita e da fala.

Ainda segundo o Daily Mail, a condição é favorável para as mulheres e principalmente em casos de acidente vascular cerebral (AVC). Vale ressaltar também que ocorre em casos de distúrbios, traumas ou tumores na área de desenvolvimento psicológico. Suas principais manifestações estão na pronúncia de palavras e na dificuldade em pronunciar sons que exigem que a língua toque a parte de cima dos dentes para ser pronunciada, é o caso das letras T e D.

No caso da paciente Abby Fender, não ocorreu nenhuma lesão cerebral, trauma ou tumor. E não se sabe a causa específica para ter gerado sua condição.  Após superar a “voz da Minnie Mouse russa”, ela tem um novo desafio, a síndrome atacou novamente, desta vez, com sotaque australiano.

Abby ainda relata sobre o medo e o constrangimento que vem passando, que não gosta de não estar no controle de sua voz e nem como ela irá soar. O receio de interagir com as pessoas está a deixando insegura e recorreu a uma “mentirinha”, alegando que é uma estrangeira dentro de seu próprio país!

A mulher alega que não gosta de mentir de onde é, mas faz porque acaba sendo mais fácil do que explicar para as pessoas sua condição. Ela ainda conta do constrangimento que passou ao dizer que era ucraniana e uma pessoa começou a conversar em ucraniano com ela. Sem alternativa, Abby precisou confessar sua mentira, que acabou sendo artimanha usada com frequência.

Os  desafios da moça não acabam, pelo contrário ficam mais assustadores, pois a mesma é uma cantora profissional, que conseguia muito bem desenvolver equilíbrio de tons vocais e relaxar à voz naturalmente. Agora, ela precisará de terapia fonoaudiológica para tentar recuperar sua bela voz sulista.

Em sua rede social, a americana desabafa sobre a condição da síndrome do sotaque estrangeiro, que não faz parte dela, mas teve que se adaptar e conviver e afirma que sempre irá procurar respostas para a síndrome e entender como desenvolveu esse distúrbio neurológico.

 

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