Pescadores denunciam mortandade de sururu após colapso de mina
Após o colapso da Mina 18, que fica no bairro do Mutange, nesse domingo (10), pescadores denunciaram, na manhã desta segunda-feira (11), a mortandade do sururu e, também, de outros animais que circulam pela região da Lagoa Mundaú. As imagens foram feitas pela reportagem do Jornal da Mix, 98.3 Fm.
De acordo com o pescador Waldemar Waldomiro, conhecido como seu Dida, o sustento de várias famílias que trabalham comercializando sururu foi prejudicado, já que o molusco começou a morrer na lagoa.
“Acabei de chegar da lagoa. Eles querem crescer, um morre, o outro fica por cima, insistindo, e não tem condições de sobreviver. A gente está vendo que esse sururu não foi morto por causa de molusco que veio da África, mas por causa da Braskem”, disse seu Dida.
Os pescadores afirmam que, após o rompimento, foi avistada uma camada branca dentro da lagoa. “Ontem, quando houve o rompimento, saiu uma mancha branca, grande, que eu posso dizer que, daqui uns dias, vai se manifestar na lagoa, vai prejudicar o sururu, o marisco que está nascendo vai se acabar. A gente quer que eles tratem a lagoa e deem uma ajuda de custo para nós, porque há dois anos, o pescador está sem sururu na lagoa, trabalhando com outras coisas, mas não estão se mantendo porque nossa renda é o sururu. A lagoa é nossa riqueza”, afirma o pescador Luciano Teixeira.
Outros pescadores ouvidos pela reportagem acreditam que a mortandade do sururu está relacionada ao rompimento da mina.
Equipes do Instituto do Meio Ambiente (IMA) estão no local fazendo coleta para comparar com dados obtidos antes do colapso, a fim de ver os níveis de salinidade da água e outros impactos que estão acontecendo após o rompimento da mina.