Grupos ‘justiceiros’ se mobilizam em Copacabana para combater onda de violência

Por Alessandra Conceição

A crescente onda de violência em Copacabana, nas últimas semanas, trouxe de volta grupos autodenominados “justiceiros” ao bairro, uma cena reminiscente de 2015. Através de grupos de WhatsApp, esses membros se organizam para “caçar” suspeitos de roubo na região, compartilhando planos e estratégias.

Um integrante do grupo União dos Crias expressou a intenção de vingar o ataque ao empresário Marcelo Rubim Benchimol, que foi agredido ao tentar defender uma personal trainer. A Polícia Civil está investigando a situação, destacando que a justiça com as próprias mãos é crime.

As conversas revelam os integrantes exibindo armas, como soco-inglês e pedaços de pau, planejando ataques contra grupos de menores infratores, a quem chamam de “coreto”. Há preocupação em não serem identificados, com instruções para vestir roupas pretas, esconder tatuagens e usar “máscaras de covid” para ocultar os rostos.

Além disso, um professor de jiu-jítsu, Fernando Pinduka, convocou uma força-tarefa para “neutralizar” os meliantes em defesa da tranquilidade do bairro. A iniciativa recebeu apoio de seguidores, indicando uma mobilização mais ampla na comunidade.

Os índices de violência em Copacabana mostram um aumento significativo nos casos de furto e roubo, segundo dados do Instituto de Segurança Pública do Rio de Janeiro. A comunidade, agora, se vê diante de uma complexa situação de segurança que suscita diferentes formas de reação e resposta.

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