“Bar da putaria” proíbe “trajes inadequados” após repercussão de vídeo
Após a grande repercussão dos vídeos de mulheres seminuas dançando no “bar da putaria”, em Ceilândia, o estabelecimento anunciou a proibição de “trajes inadequados” no local. Como o Metrópoles mostrou nessa terça-feira (5/12), o bar, que fica na QNN 23, vem causando uma série de transtornos aos moradores da região, com música alta até a madrugada, brigas, confusões, lixo espalhado pela calçada e até cenas dignas de um bordel, com clientes rebolando de calcinha e fazendo gestos eróticos.
Em nota, publicada nas redes sociais, o “bar da putaria” disse que “não compactua com comportamentos inadequados que possam infringir a lei” e que “os fatos estão sendo apurados e todas as medidas possíveis para inibir tais condutas serão tomadas”.
Nas imagens gravadas por vizinhos do estabelecimento, mulheres aparecem logo na entrada vestidas com roupas íntimas e dançando. Elas se esfregam, e uma dá tapas na bunda da colega e faz gestos de masturbação. “Virou ponto de droga e prostituição”, alega uma moradora, que preferiu não se identificar.
A nota do bar ainda frisa que está “expressamente proibida” a entrada de pessoas “sem camisa e/ou com trajes inadequados, como biquínis, saída de banho e etc.”.
O “bar da putaria”
Vídeos gravados pelos moradores da QNN 23 confirmam os relatos de perturbação de sossego referentes ao “bar da putaria”. Em um deles, uma vizinha do estabelecimento mostra o barulho após as 22h, que chega em alto volume ao interior do prédio mais próximo ao local.
A nota do bar ainda frisa que está “expressamente proibida” a entrada de pessoas “sem camisa e/ou com trajes inadequados, como biquínis, saída de banho e etc.”.
O “bar da putaria”
Vídeos gravados pelos moradores da QNN 23 confirmam os relatos de perturbação de sossego referentes ao “bar da putaria”. Em um deles, uma vizinha do estabelecimento mostra o barulho após as 22h, que chega em alto volume ao interior do prédio mais próximo ao local.
“Isso não pode mais continuar. Estou dentro do meu prédio, não tem condições disso, não. Fora quando fazem xixi na porta, quando entra morador e tem casal quase tendo relação sexual. Já vi várias vezes [gente] bolando maconha, cheirando carreira de pó”, detalha uma denunciante.
Os vizinhos estão se mobilizando para tentar fechar o bar por diversos meios. Eles já procuraram a Administração de Ceilândia, chamaram a polícia por diversas vezes nas noites mais caóticas e, agora, juntam vídeos, áudios e outras provas dos transtornos.
A situação é ainda mais grave porque um outro estabelecimento ao lado do bar da putaria também acumula problemas. No condomínio em que foi feito o vídeo, por exemplo, o portão de entrada fica bem no meio dos dois comércios, e o local é abarrotado de sacos de lixo. Quem mora ali cita uma “competição pelo som mais alto”.
Brigas e “inimigos do fim”
Em setembro, uma briga generalizada na região, envolvendo clientes dos bares e seguranças, acabou chamando a atenção, e vídeos viralizaram em grupos de moradores. Já era mais de meia noite quando a confusão teve início.
O “bar da putaria” funciona de terça a domingo até as 2h. Vizinhos dizem que não são raras as vezes em que as festas incômodas se estendem e vão até o sol raiar. No grupo de WhatsApp do condomínio mais próximo, são vários os relatos referentes ao estabelecimento
“O som está terrível. O grave chega a entrar no último andar”; “Eu já pedi revisão do aluguel”; “Eu mesma vou mudar. Não aguento isso, chegar cansada e não conseguir dormir com esse barulho todo”; “O [nome do bar] vai derrubar esse prédio hoje”; “Viramos a Faixa de Gaza.”
Como esses bares têm licença para funcionar, a reportagem optou por, neste momento, não divulgar os nomes dos estabelecimentos. Segundo o Ibram, já há denúncia formalizada contra um dos locais e, no dia da vistoria, “o ruído estava dentro do limite permitido para a área”, mas frisou que ambos serão monitorados