Polícia Federal prioriza inquérito sobre atuação da Braskem em Maceió

A Polícia Federal (PF) intensificou as investigações sobre o afundamento de cinco bairros de Maceió, pela Braskem. O inquérito, aberto em 2019, apura crimes ambientais e apresentação de estudos ambientais falsos, entre outros delitos.

A base para as investigações é um estudo sobre a instabilidade do terreno dos bairros de Maceió publicado pelo Serviço Geológico do Brasil (SGB). O documento “caracterizou cientificamente os fenômenos geológicos ocorridos em Maceió e os vinculou diretamente à exploração de sal-gema pela Braskem”.

A investigação ganhou mais corpo neste ano, com a chegada da delegada Luciana Barbosa, que assumiu o cargo de superintendente regional da PF em Alagoas. A delegada afirmou que o caso virou prioridade para a PF e que os culpados serão responsabilizados.

“O afundamento de bairros de Maceió é um desastre ambiental de grandes proporções que causou um enorme sofrimento à população local. A Polícia Federal está trabalhando incansavelmente para apurar os fatos e responsabilizar os responsáveis”, disse a delegada.

No entanto, o prazo para a conclusão do inquérito ainda não foi definido, principalmente após o episódio iniciado na semana passada, quando a Defesa Civil de Maceió começou a monitorar o bairro do Mutange, um dos mais afetados pelo afundamento.

O afundamento do solo nos bairros do Pinheiro, Mutange, Bebedouro, Bom Parto e Farol começou a ser observado em 2018. Desde então, cerca de 60 mil pessoas foram obrigadas a deixar suas casas e empresas na região.

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