Lira fará o meio de campo entre STF e Planalto

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), minimizou o voto favorável do senador Jaques Wagner (PT-BA), líder do governo no Senado, à PEC que limita os poderes dos ministros do Supremo Tribunal Federal. Para Lira, um voto não mudaria o resultado do todo, já que até o governo já previa derrotana votação.

O voto de Jaques Wagner causou mal-estar entre o Partido dos Trabalhadores. Alguns senadores do PT disseram que o voto do baiano não foi coerente com o que o partido defende.

Incomodados, os ministros do STF fizeram chegar ao presidente Lula (PT) que estão desgostosos com a atitude de Wagner e a sinalização de que o governo estaria apoiando a PEC.

Agora, segundo integrantes do Palácio do Planalto, caberá a Arthur Lira o apaziguamento das relações entre o STF e o Planalto. O ministro vai colocar a PEC na gaveta por um tempo e vai conversar com ambos os lados para melhorar o ambiente.

Na Fazenda, a preocupação é que a “crise” entre os poderes possa interferir na continuidade do julgamento do Funrural (Fundo de Assistência ao Trabalhador Rural). Fernando Haddad deseja que o STF conclua o caso ainda neste ano e pediu a Barroso celeridade. A conclusão do julgamento pode render até R$ 20 bilhões para a União.

 

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