Homem que agrediu e ateou fogo na esposa é condenado a mais de 26 anos de prisão
Foi condenado a 26 anos e oito meses de prisão o homem que ateou fogo ao corpo esposa, diante do filho deles, de 5 anos. O caso aconteceu em novembro de 2022, no bairro Village Campestre, parte alta de Maceió. O julgamento aconteceu, nesta quinta-feira (11), 3º Tribunal do Júri da Capital.
Thiago dos Santos Silva, de 28 anos, que recebeu a pena por atear fogo na esposa Polyana Medeiros e Silva, de 23 anos. A vítima relatou que o marido praticou o crime por motivo fútil e disse que ele tinha ciúmes dela. O crime aconteceu na frente do filho do casal.
“Esse júri significou que a sociedade repudia essa forma brutal de homens que insistem em manter a companheira como objeto de posse e, costumeiramente, agredi-las. Trouxe para reflexão o encorajamento das mulheres no tocante às denúncias. Esperamos que a pena consiga intimidar aqueles que agredirem suas companheiras. Ressaltando que a pena reprimenda é mais severa quando as agressões ocorrem na presença de descendente e/ou ascendente. No caso em comento, o filho à época, de 5 anos de idade, presenciou quando a mãe com o corpo em chamas, corria para rua desesperada buscando socorro”, disse a promotora Adilza Freitas.
O caso
De acordo com informações policiais, a agressão iniciou no quarto na frente dos filhos. Depois, o acusado jogou álcool e ateou fogo na vítima, que saiu para a rua com o corpo em chamas, onde foi espancada e teve os cabelos puxados.
O acusado teria utilizado álcool 70% durante o crime. A vítima sofreu queimadura nas costas, rosto e no corpo, foi socorrida, levada para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA), do bairro do Benedito Bentes e, depois, encaminhada para o Hospital Geral do Estado (HGE).
Em seu interrogatório, o acusado disse que queria se separar da vítima e ela não aceitava. Sendo esse um dos motivos pelo qual cometeu o crime.
Já a vítima informou que o motivo foi na verdade o fato dele ter ficado enfurecido porque queria a certidão de nascimento da filha de três meses, sendo que o documento se encontrava na casa da avó materna da criança.
Após o crime, o homem fugiu levando o filho do casal, mas algum tempo depois deixou a criança com uma tia. O Conselho Tutelar foi acionado.
*com MP/AL