Loja demite mulher que teria discriminado filho autista de alagoana
Após uma alagoana denunciar que o filho autista teria sido tratado com discriminação dentro da Riachuelo, em Feira de Santana, na Bahia, a loja demitiu a funcionária apontada pela mãe do menino de não querer priorizar o atendimento, como determinado em lei.
Um vídeo viralizou nesta sexta-feira (17) ao mostrar a alagoana Karla Gurgel reclamar do atendimento no local em tonalidade de voz para que todos presentes ouvissem.
A discussão começou na fila para o pagamento das compras. Ela apresentou a carteira de identificação da pessoa com o espectro autista do filho, que prevê prioridade no atendimento. No entanto, ela afirmou ter sido mal atendida.
“Estou com meu filho Matheus com autismo aqui no caixa. Apresentei a carteirinha dele que ele tem direito ao atendimento prioritário. E a moça me passou para outro caixa, lá embaixo para ser atendida. E assim que terminou o atendimento, ela falou para a moça: ‘Não me passe essas bombas’. O meu filho não é bomba. Não gostei. Eu exijo respeito”, falou Gurgel em voz alta dentro da loja.
A loja Riachuelo afirmou que demitiu a colaboradora e, em nota, disse que lamenta o ocorrido, pedindo desculpas. “O comportamento da ex-colaboradora no atendimento não condiz com os valores defendidos e praticados por nós da Riachuelo”, disse a empresa.
Segundo o G1 da Bahia, a funcionária disse que não se referiu o termo “bomba” ao filho de Karla. Ela contou que esse é um termo utilizado para se referir a compras que não serão pagas com o cartão Riachuelo, porque desta forma não alcançaria as metas impostas pela empresa.
“A partir do momento que minha colega que estava no [caixa] preferencial trouxe ela [Karla] para o meu caixa eu perguntei por que ela [funcionária] estava passando [a cliente] para mim e minha clega simplesmente virou as costas, sem me responder. Eu atendi super bem ela e a criança”, disse a ex-colaboradora.