Pagamento do 13º salário injetará R$ 291 bilhões na economia brasileira
O pagamento do 13º salário no Brasil deverá injetar aproximadamente R$ 291 bilhões na economia, de acordo com um levantamento divulgado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) nesta quinta-feira (9). Esse valor representa cerca de 2,7% do Produto Interno Bruto (PIB) do país e beneficiará aproximadamente 87,7 milhões de pessoas, incluindo trabalhadores do mercado formal, beneficiários da Previdência Social, aposentados e beneficiários de pensão da União e dos estados e municípios. Em média, cada trabalhador receberá R$ 3.057 como parte do 13º salário.
Do total a ser pago como 13º, cerca de R$ 201,6 bilhões, ou 69% do montante, serão destinados a empregados formais, incluindo trabalhadores domésticos, enquanto 31% (R$ 89,8 bilhões) serão para aposentados e pensionistas. Os beneficiários da Previdência Social (32,8 milhões de pessoas) receberão R$ 55,4 bilhões, aposentados e pensionistas da União, R$ 11,2 bilhões (3,8%); aposentados e pensionistas dos estados, R$ 17,5 bilhões (6%); e aposentados e pensionistas dos regimes próprios dos municípios, R$ 5,6 bilhões. Os trabalhadores do setor de serviços receberão a maior média do valor do 13º (R$ 4.460), seguidos pela indústria (R$ 3.922), enquanto os trabalhadores do setor primário da economia terão a menor média (R$ 2.362).
Quanto às médias regionais, o Distrito Federal terá a maior média para o 13º salário (R$ 5.400), enquanto o Maranhão e o Piauí terão as menores médias (R$ 2.087 e R$ 2.091, respectivamente). O cálculo do pagamento do 13º salário em 2023 levou em consideração dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais) e do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego, bem como informações da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), da Previdência Social e da Secretaria do Tesouro Nacional (STN).