Suspeito de morte no Orákulo é envolvido na produção de bomba caseira
A Polícia Civil de Alagoas (PC/AL) cumpriu, nesta terça-feira (31), mais um mandado de prisão contra o suspeito de matar o jovem Josuel Ferreira dos Santos, de 22 anos, durante uma confusão à porta da casa de show Orákulo, no bairro do Jaraguá, em Maceió, no dia 9 de setembro.
A prisão, desta vez, se deu pela participação do homem com a produção de bombas caseiras, que explodiram recentemente em Maceió, deixando pessoas feridas. O suspeito está preso desde o dia 26 de setembro.
A operação cumpriu nove mandados de prisão contra homicidas que cometeram crimes em Maceió, neste ano. Segundo o delegado Lucimério Campos, um dos mandados foi contra o suspeito do homicídio em frente à casa de show e que teve a participação de cinco pessoas.
Ainda segundo Lucimério, o homem tem envolvimento com a produção de artefatos explosivos.
“Contra ele, além do mandado que já havia sido cumprido pela DHPP, cumprimos mais um, pois ele também estava envolvido na produção dos artefatos explosivos que explodiram recentemente aqui na capital. Ele nega a participação, mas as provas que a gente reuniu durante toda a investigação são bem robustas, ao ponto de o Judiciário e o Ministério Público estarem convencidos e terem dado tanto o parecer quanto a decisão pela prisão dele. Esse contexto de guerra de torcidas organizadas deixa um arcabouço de prova intenso, que faz com que a gente tenha segurança em fazer a representação pela prisão desses meliantes”, disse.
Sobre o homicídio em frente à casa de show, o delegado afirmou que cinco pessoas participaram do crime – uma está presa, duas delas foram identificadas e duas seguem foragidas. A relação da morte tem a ver com a briga dentro de uma torcida organizada. Imagens das câmeras de segurança e provas técnicas e testemunhais demonstram que não havia apenas um envolvido no crime, conforme Lucimério.
Desta vez, no entanto, a confusão não envolveu duas torcidas organizadas de times rivais, mas dois grupos de uma mesma organizada, devido a divergências entre os membros.
“O contexto daquela morte foi em relação à briga de torcidas organizadas, mas a briga, nesse caso específico, se deu dentro da própria torcida Comando Alvirrubro. Então, não foi uma briga de uma torcida contra a outra, havia uma divergência entre esse grupo que compõe a torcida Comando Alvirrubro, anteriormente chamada de Comando Vermelho, e acabou gerando esse homicídio”, explicou.
Operação
Durante a operação, foram realizadas prisões no Conjunto Jardim Royal, em Maceió, e na cidade de Rio Largo. Alguns dos mandados não foram cumpridos e a polícia segue até que os alvos sejam localizados e presos. A ação foi realizada nos bairros do Benedito Bentes, Cidade Universitária e Jacintinho.
A ação foi comandada pelo delegado Lucimério Campos, titular da Diretoria de Polícia Judiciária 1 (DPJ1). Também participaram da operação as delegadas Tacyane Ribeiro – coordenadora da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Maceió -, Rosimeire Vieira e Talita Aquino.
Para o cumprimento dos mandados, a ação contou com policiais civis da DPJ 1, DHPP, do Tigre (Tático Integrado de Grupos de Resgate Especial), Geai (Grupo Especial de Apoio à Investigação) e Oplit (Operação Policial Litorânea Integrada). A ação também contou com apoio de policiais militares do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), Rondas Ostensivas Táticas Metropolitanas (Rotam) e Batalhão de Polícia de Trânsito (BPTran), além do Comando Aéreo da Segurança Pública.