Ex de Telmário foi morta dias antes de depor contra ele por estupro

Ex-mulher do senador Telmário Mota, Antônia Araújo de Souza, de 52 anos, foi executada com um tiro na cabeça três dias antes de prestar depoimento como testemunha em uma denúncia por estupro contra o político. No caso, que tramita no Judiciário, a filha do ex-casal diz que foi estuprada pelo pai em agosto do ano passado, quando saiu para comemorar o Dia dos Pais.

Foi deflagrada nesta segunda-feira (30/10), pelas polícias Civil de Roraima e do Distrito Federal. uma operação que tem como objetivo prender o ex-senador por suspeita de ser o mandante do homicídio.

Telmário estava em Brasília, mas saiu do local onde estava nesta segunda. Delegado responsável pela investigação, João Evangelista não descarta que o político tenha obtido informações antecipadas sobre a ação.

Quando o estupro teria sido cometido, a filha de Telmário tinha 17 anos. Na época, o caso foi noticiado pelo G1, que informou ter ouvido a jovem com autorização da mãe.

Ela contou, então, que o pai tentou tirar a sua roupa dentro do carro e tocou as suas partes íntimas. Ele confiscou o telefone da adolescente, para evitar que ela pedisse socorro. O senador negou e disse que era vítima de perseguição política.

Telmário segue foragido

João Evangelista afirmou que Antônia iria prestar depoimento à Justiça no dia 2 de outubro, uma segunda-feira, mas foi morta na sexta-feira que antecedia o depoimento. “A Antônia era uma testemunha muito importante daquele processo”, disse o delegado.

As polícias de Roraima e do Distrito Federal continuam na busca do político, que é considerado foragido, segundo o delegado.

A polícia já prendeu o suspeito de ser o executor do homicídio no interior de Roraima. Outro envolvido é sobrinho do ex-senador, e também está foragido. A polícia aponta, ainda, suspeita de envolvimento de uma ex-assessora de Telmário. O delegado explicou que ela escondeu a motocicleta usada no crime e ajudou a monitorar a vítima.

 

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