Exército israelense mantém maior ofensiva terrestre contra Gaza

As tropas israelenses permanecem na Faixa de Gaza , na mais extensa operação terrestre já realizada desde o início da guerra, em 07 de outubro. A operação já dura pelo menos 12 horas.

Hind Khoudary, jornalista palestina em Gaza, postou em uma rede social que “esta é a noite mais terrível que passei na minha vida”

Motasem Mortaja, jornalista que também está na região, escreveu no Instagram que “esta foi a pior noite da história de Gaza”.

A ofensiva acontece em meio a pressões internacionais por uma pausa nos ataques.

Na sexta-feira (27), a ONU aprovou uma resolução simbólica para uma trégua humanitária. A resolução pede ajuda e acesso à Faixa de Gaza para proteção aos civis.

A Embaixada brasileira informou ter feito contato com os brasileiros que estão em Rafah. Segundo a Embaixada, eles continuam seguros e vão tentar comprar água e alimentos hoje.

A Embaixada segue tentando contato com os brasileiros que estão em Khan Younes, no sul de Gaza.

150 alvos foram bombardeados

As Forças de Defesa de Israel anunciaram ter bombardeado 150 alvos subterrâneos do Hamas durante a madrugada deste sábado (28).

Os ataques aos alvos subterrâneos do Hamas destruíram túneis, espaços de combate subterrâneos e outras infraestruturas do grupo no norte da Faixa de Gaza.

“Além disso, vários terroristas do Hamas foram mortos”, acrescentaram os militares em um comunicado.

As Forças de Defesa de Israel também disseram que expandiram suas operações por terra a partir do norte de Gaza. Um vídeo divulgado pelos militares mostra vários tanques circulando pela região.

O porta-voz militar israelense Daniel Hagari afirmou que Israel vai “ampliar o esforço humanitário”, permitindo que caminhões entrem no sul de Gaza com alimentos, remédios e água.

Chefes do Hamas são mortos

A Defesa israelense anunciou ter assassinado o chefe da ala aérea do Hamas, Asem Abu Rakaba. Ele seria o responsável por coordenar a invasão do dia 7 de outubro pelo ar, com o uso de parapentes.

Outra liderança executada foi o comandante das Forças Navais da Brigada da Cidade de Gaza do Hamas, Ratib Abu Tzahiban. Ele é acusado por Israel de tentar fazer uma infiltração naval contra o país em 24 de outubro.

Além disso, Israel disse ter contra-atacado o Hezbollah, após o grupo armado ter lançado foguetes em direção ao território israelense na sexta-feira (28). Em resposta, os militares israelenses atacaram bases do grupo no Líbano, neste sábado.

Três semanas de guerra

O conflito entre Israel e o Hamas completa três semanas neste sábado.

A guerra começou no dia 7 de outubro, depois que o grupo terrorista invadiu e lançou foguetes contra o território israelense. De lá para cá, milhares de pessoas morreram ou ficaram feridas.

Neste momento, o conflito entra em uma nova fase de tensões após Israel intensificar as operações terrestres contra o Hamas na Faixa de Gaza. Uma ocupação por terra é prometida pelo governo israelense desde o início da guerra.

“Pretendemos desmantelar as suas capacidades, destruir o seu governo e garantir que nunca mais possam usar a Faixa de Gaza como palco contra o nosso povo”, disse o porta-voz das Forças de Defesa de Israel na sexta-feira (27), se referindo ao Hamas.

Enquanto isso, civis palestinos enfrentam escassez de recursos básicos, como água, alimentos, remédios e combustível. Aliados da Autoridade Palestina tentam negociar um cessar-fogo ou pausas humanitárias para ajudar a população.

Ainda na sexta-feira, a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas aprovou uma resolução simbólica para trégua no conflito entre Israel e Hamas.

Ao todo, 120 países votaram a favor da resolução, enquanto 45 se abstiveram e 14 rejeitaram — incluindo Estados Unidos e Israel. O documento não tem efeito prático, mas demonstra peso político.

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