Mãe mata filha de 1 ano por não aceitar término de relacionamento com marido, diz polícia
Uma mãe matou a própria filha, uma criança de 1 ano, nesta quinta-feira (26), no bairro do Geisel, em João Pessoa, na Paraíba. O crime, segundo a Polícia, foi motivado porque a mulher não aceitava o fim do relacionamento com o marido. Segundo o g1, a mulher foi autuada em flagrante por infanticídio.
Ao portal, o delegado que investiga o caso, Diego Garcia, revelou que a mulher matou a filha a facadas para “descontar a raiva que estava do marido”. “Em 12 anos de polícia, eu confesso que foi uma das cenas que mais me causaram repulsa pela quantidade de ferimentos nessa criança, em seu leito de dormir, que era um berço”, revelou o delegado.
A mulher confessou o crime, que ocorreu entre 9h e 10h. A criança foi encontrada ao lado do berço, ensanguentada e com a arma do crime.
Nesta sexta-feira (27), a suspeita irá passar por audiência de custódia. Vizinhos do casal foram intimados para prestar depoimento.
Em mensagens obtidas pela TV Cabo Branco, o homem dizia que precisava de “paz na vida” e que estava “cansado de briga besta, do ciúme e de egoísmo”.
O homem também reforçou em uma das mensagens que iria continuar auxiliando a mulher e a filha do casal financeiramente. “Vou lhe mandar 200 [reais] por semana pra ajudar nas despesas. E pegar Julia [a filha do casal], de 2 em 2 semanas pra ficar comigo”, escreveu.
Ele também afirmou nas mensagens que iria entregar a chave do apartamento ao sogro nesta sexta-feira (27). “Acabou o amor com suas atitudes, melhor cada um seguir seu caminho. E vamos ser amigos”, dizia as mensagens.
Na troca de mensagens ainda é revelado que a mulher pediu o retorno do homem para casa entre 7h56 às 8h06.
“Desculpe, eu te amo, vou dividir tudo, vem aqui, lhe amo, não faça isso comigo, me perdoa”, dizia a suspeita. Em seguida, o homem bloqueou a mulher no aplicativo.
SUSPEITA PODERÁ PASSAR POR ANÁLISE PSICOLÓGICA
O delegado ainda afirmou que o corpo da criança e a suspeita serão periciados. Ainda não é possível afirmar quantos golpes de faca a criança recebeu. A mulher também irá passar por análise psicológica.
“Temos que ter muito cuidado com a palavra ‘surto’, porque às vezes uma pessoa de má-fé usa justamente disso para se defender, ‘justificar’ o cometimento do crime. Então é preciso que laudos periciais, que provavelmente o IPC provavelmente vai trabalhar nesse sentido, se dedique a comprovar se essa mulher possui alguma deficiência mental que poderia levar a este crime, mas aparentemente, ao meu ver, a olho nu, não tem nenhum sinal de surto”, informou.
Também será averiguado se a criança estava dormindo ou acordada quando foi morta. A menina completou um ano no último 14 de outubro.