Enem pode ser usado para entrar em universidades do exterior
A nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em 2023 serve de porta de entrada para faculdades tanto públicas quanto privadas no Brasil, mas o que muitos não sabem é que também pode ser usada em processos seletivos de universidades no exterior.
Mais de 3,9 milhões de pessoas estão inscritas para o exame, que será aplicado agora nos dias 5 e 12 de novembro em todo o país. O gabarito oficial sai em 24 de novembro, e o resultado com as notas será divulgado em 16 de janeiro.
A seguir, veja como e onde usar o Enem para garantir uma vaga no ensino superior. E não se esqueça: “chutar” as respostas que não sabe não vale a pena e pode até tirar pontos – entenda aqui como funciona o método de correção.
No exterior
PORTUGAL
Em Portugal, 51 instituições, incluindo universidades, institutos politécnicos e escolas superiores, aceitam as notas do Enem em seus processos de admissão. O país europeu é o que mais aceita o Enem como vestibular, além do Brasil, graças a um acordo entre os dois governos, mas cada instituição define os próprios regulamentos para uso das notas.
- Universidade de Coimbra (UC);
- Universidade do Algarve (UAlg);
- Instituto Politécnico de Leiria (IPLeiria);
- Instituto Politécnico de Beja (IPBeja);
- Instituto Politécnico do Porto (P.Porto);
- Instituto Politécnico Portalegre (IPP);
- Instituto Politécnico do Cávado e do Ave (IPCA);
- Instituto Politécnico de Coimbra (IPC);
- Universidade de Aveiro (UA);
- Instituto Politécnico da Guarda (IPG);
- Universidade de Lisboa (ULisboa);
- Universidade do Porto (U.Porto);
- Universidade da Madeira (UMa);
- Instituto Politécnico de Viseu (IPV);
- Instituto Politécnico de Santarém (IPSantarem);
- Universidade dos Açores (UAc);
- Universidade da Beira Interior (UBI);
- Universidade do Minho;
- Cooperativa de Ensino Superior Politécnico e Universitário (Cespu);
- Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias (Universidade Lusófona);
- Instituto Politécnico de Setúbal (IPS);
- Instituto Politécnico de Bragança (IPB);
- Instituto Politécnico de Castelo Branco (IPCB);
- Universidade Lusófona do Porto (ULP);
- Universidade Portucalense (UPT);
- Instituto Universitário da Maia (Ismai);
- Instituto Politécnico da Maia (Ipmaia);
- Universidade Católica Portuguesa (UCP);
- Universidade Fernando Pessoa (UFP);
- Instituto Universitário de Ciências Psicológicas, Sociais e da Vida (Ispa);
- Instituto Leonardo da Vinci (ILV);
- Escola Superior de Saúde do Alcoitão (Essa);
- Universidade Lusíada – Norte;
- Universidade Lusíada;
- Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC);
- Escola Superior Artística do Porto (Esap);
- Universidade Europeia;
- Instituto Universitário de Lisboa (Iscte-IUL);
- Escola Superior de Saúde Norte da Cruz Vermelha Portuguesa (ESSNorteCVP);
- Universidade Autônoma de Lisboa (UAL);
- Instituto Politécnico da Lusofonia (Ipluso);
- Instituto de Estudos Superiores de Fafe (IESFafe);
- Instituto Superior Manuel Teixeira Gomes (Ismat);
- Instituto Superior Dom Dinis (Isdom);
- Instituto Superior de Gestão (ISG);
- Instituto Superior de Gestão e Administração de Santarém (Isla Santarém);
- Instituto Superior de Gestão e Administração de Gaia (Isla Gaia);
- Instituto Português de Administração de Marketing (Ipam) de Lisboa;
- Instituto Politécnico de Viana do Castelo (IPVC);
- Instituto Português de Administração de Marketing (Ipam) do Porto;
- Universidade Nova de Lisboa.
ESTADOS UNIDOS
Pelo menos 4 universidades dos Estados Unidos aceitam a nota do Enem como critério de ingresso. O processo seletivo para estas instituições também pode envolver outros passos, como o exame de proficiência em inglês e o comprovante de conclusão do ensino médio. São elas:
- Universidade de Nova York;
- Universidade Drexel;
- Northeastern University;
- Universidade Temple.
REINO UNIDO
Algumas universidades do Reino Unido levam em conta a nota do Enem no processo de admissão. Outros passos também podem ser necessários no processo de admissão e matrícula.
- Universidade de Glasgow;
- Birkbeck – Universidade de Londres;
- Universidade de Loughborough;
- Universidade Nottingham Trent.
CANADÁ
No Canadá, pelo menos a Universidade de Toronto e a Universidade Metropolitana de Toronto aceitam o Enem como parte do processo de ingresso em suas graduações. As universidades também podem estabelecer outras etapas para o processo de admissão.
No Brasil
O governo federal possui três programas nacionais para ingresso no ensino superior por meio das notas do Enem. Eles funcionam para admissão em universidades públicas, concessão de bolsas em instituições privadas ou financiamento de cursos em faculdades particulares.
SISU
O Sistema de Seleção Unificada (Sisu) é o programa do Ministério da Educação (MEC) que seleciona estudantes para universidades públicas.
- Como funciona: O aluno pode mudar suas opções de curso no sistema quantas vezes quiser, ao longo do período de inscrição, tomando como base as notas de corte parciais divulgadas diariamente. Há vagas para cotistas (as regras variam de instituição para instituição).
- Pré-requisitos: ter prestado a edição mais recente do Enem e tirado nota superior a zero na redação
- Como funciona: O candidato deve indicar, em ordem de preferência, até duas opções de curso (selecionando a instituição de ensino e o turno). Depois, é necessário marcar se quer participar na modalidade de ampla concorrência ou de cotas. Por fim, precisa monitorar, a cada dia, a nota parcial para aqueles cursos. Se quiser, pode mudar suas escolhas (valerá a última opção marcada no período de inscrições).
- Pré-requisitos: Ter cursado os três anos do ensino médio em escolas da rede pública ou com bolsa integral (100%) em colégios privados, e pertencer a uma família com renda per capita de até 3 salários mínimos.
- Tipos de bolsa: integral (renda familiar mensal per capita de até 1,5 salário mínimo) e parcial (que cobre 50% da mensalidade, para renda familiar mensal per capita de 1,5 a 3 salários mínimos).
FIES
O Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) é um programa do governo federal que paga parte das mensalidades de estudantes em universidades e faculdades privadas, com a contrapartida de os beneficiários quitarem o financiamento após a formatura.