Museu da Imagem e do Som de Alagoas recebe exposição “Jaraguá, Paisagem-Miragem”

Por Júlia Maria

O Museu da Imagem e do Som de Alagoas (Misa) recebe, de 25 de outubro a 24 de novembro, a exposição “Jaraguá, Paisagem-Miragem”, com fotografias de Flávia Gazzanéo e pinturas de Paulo Santana.

A abertura ocorrerá na quarta-feira (25), a partir de 20h, com vernissage para o público presente conhecer em primeira mão a curadoria das obras expostas. A exposição conta com entrada gratuita.

A curadoria é de Francisco Oiticica, que reuniu na mostra, 14 fotografias e 36 pinturas, e pretende impactar as pessoas com os ambientes retratados nas obras, despertando o público para a importância e a beleza do Centro Pesqueiro de Maceió. Além disso, o intuito é mostrar as transformações urbanas que foram interferindo na estrutura do ambiente.

“Queremos que, ao entrar em contato com as obras expostas, o público tenha orgulho de ter um lugar como Jaraguá e sinta vontade de frequentar o local, de consumir os produtos oriundos da pesca, de torná-lo uma área de convivência e apreciação da paisagem natural, com barcos, pescadores e garças”, comentaram os artistas.

“A exposição está imperdível. A mostra é uma celebração da beleza do Centro Pesqueiro de Maceió. Ao visitar, esperamos que o público se apaixone pelo bairro, sinta o desejo de apreciar sua paisagem natural e apoiar a comunidade local.”, disse a secretária de Estado da Cultura e Economia Criativa, Mellina Freitas.

Sobre os artistas:

Natural de Maceió, Flávia Azevedo Gazzanéo tem 54 anos e iniciou a carreira profissional na fotografia no ano de 2021. Porém, a paixão pela fotografia vem desde a adolescência, quando ganhou sua primeira câmera fotográfica. Fez diversos cursos de fotografia, história da arte e pintura. Atualmente, tem se dedicado fortemente à fotografia documental e à fotografia artística.

Para ela, a fotografia é uma forma de expressão artística, uma linguagem imagética transformadora dos espaços e das situações cotidianas, elevando-os a outras dimensões, além de ser um potente instrumento de manifestação sociocultural capaz de suscitar discussões relevantes e de proporcionar visibilidade a grupos sociais e a espaços pouco acessados pela maioria da sociedade.

Atualmente faz parte do Grupo PSG de estudos e aperfeiçoamento das técnicas do Photoshop, comandado pelo fotógrafo e professor paraense Jorge Teixeira, e também faz mentoria em fotografia com o fotógrafo e professor alagoano Jorge Vieira.

Paulo de Tarso Lemos Santana é natural do Recife (PE), tem 64 anos, passou a morar em Maceió a partir de 1965 e iniciou a sua educação artística em 1967 na escolinha de artes do educador e artista Getúlio Motta.

Retorna ao Recife em 1977 para cursar engenharia civil na UFPE e no intervalo de 1979 a 1982 frequenta paralelamente o Curso Integral de Pintura, do artista plástico Jacques Weyne, onde adquire uma sólida base técnica dos materiais de pintura e inicia-se na pintura ao “plein air” (ao ar livre), fazer do qual incorporou como a sua pintura por excelência: a paisagem urbana pintada ao “plein air” e “alla prima” (em uma única seção de pintura). Participou de atelier coletivo e de algumas exposições coletivas entre as quais no Centro de artes da UFPE e do Palácio da Justiça.

Reporta as bases profissionais na engenharia e ao seu fazer artístico ao seu avô materno Sebastião Félix de Lemos, operário (modelador-carpinteiro-marceneiro) da Usina Catende e de ter frequentado escola industrial e técnica, onde o trabalho manual e o trato com materiais foram uma constante.

Em 1986 retorna a Maceió e entre 1987 e 1989 frequenta o curso de pintura do Pierre Chalita. Em Maceió, participa de algumas exposições coletivas na fundação Pierre Chalita. Atualmente tem divulgado seu trabalho quase que exclusivamente em mídias sociais na internet.

Fonte: Secult AL

Imagem: Secult AL
Imagem: Secult AL

 

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