Em Brasília, Lula se reúne com Arthur Lira na residência da Câmara

Presidente eleito, Lula, cumprimenta Arthur Lira na entrada da residência oficial da Câmara dos Deputados, no Lago Sul – MetrópolesRafaela Felicciano/Metrópoles

O presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), deixou o hotel onde está hospedado em Brasília, na manhã desta quarta-feira (9/11), e seguiu para a residência oficial da Câmara dos Deputados, onde se reúne com o presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL). Ele saiu pela garagem e não deu declarações à imprensa.

Ao longo do dia, o petista encontrará com outros chefes de Poderes. Na primeira visita à capital federal desde as eleições, Lula ainda terá agenda com Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presidente do Senado, e Rosa Weber, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF). As duas reuniões vão ocorrer no período da tarde.

Orçamento

Nos encontros, o presidente eleito deve tratar das agendas prioritárias de seu governo para o próximo ano. Estarão na pauta as tratativas da equipe de transição de governo para a construção de um texto capaz de assegurar, nos cálculos do Orçamento 2023, as promessas feitas durante a campanha.

O petista quer ouvir de Lira e Pacheco qual o melhor caminho para garantir a manutenção do Auxílio Brasil em R$ 600 e o aumento real do salário mínimo. O teto orçamentário é o maior obstáculo e, hoje, há duas alternativas: editar uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) ou uma Medida Provisória (MP).

Já no encontro com Rosa Weber, interlocutores do partido afirmam que a visita de Lula servirá para reatar laços entre Executivo e Judiciário, cuja relação foi repetidamente tensionada pelo presidente Jair Bolsonaro (PL).

Transição de governo

Lula chegou a Brasília na noite desta terça. O presidente eleito já tem gabinete montado no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), onde foram instaladas as salas da transição, mas ainda não começou a despachar no local.

Conforme a Secretaria-Geral da Presidência, o segundo andar do CCBB está pronto para receber os integrantes da equipe de transição. O prédio costuma ser utilizado nas transições de governo desde a passagem de cargo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB) para o próprio Lula, em 2002.

O petista e Geraldo Alckmin terão um gabinete cada um. A estrutura do prédio ainda conta com:

  • quinze gabinetes para demais autoridades.
  • quatro salas de reuniões.
  • uma sala de coworking para 39 postos.
  • há 91 computadores instalados, com serviços de telefonia e impressoras.

A transição de governo é prevista em lei e em decreto. Cabe à Casa Civil coordenar a entrega de documentos à equipe do presidente eleito. Os nomes de até 50 dirigentes, de diversos setores, devem ser publicados no Diário Oficial da União. Todos os nomeados trabalham de forma remunerada até a posse, em 1º de janeiro de 2023, na preparação do novo mandato.

 

 

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