“Deus Ainda é Brasileiro”, é gravado em Maceió com direção de Cacá Diegues
Quem passou pela Praia de Ipioca, em Maceió, nesta segunda-feira (7), certamente percebeu um movimento a mais, com nomes como Antônio Fagundes transitando pela região. Tratava-se do primeiro dia de filmagens do filme “Deus Ainda é Brasileiro”, do cineasta alagoano Cacá Diegues.
O longa-metragem é uma espécie de spin-off do sucesso “Deus é Brasileiro”, lançado há 20 anos, e que alçou nomes como Wagner Moura ao estrelato.
A produção do filme é de Paula Barreto (filha do cineasta Luiz Carlos Barreto) e está orçado em R$12 milhões — com R$ 6 milhões investidos pelo Governo de Alagoas, com a condição de que o longa fosse ambientado no estado e contasse com equipe local, incluindo parte do elenco.
Além da bela Praia de Ipioca, o filme terá locações em prédios históricos de Maceió, como o da Associação Comercial, no Jaraguá, e o Parque Municipal. A cidade de Piranhas e localidades do Sertão de Alagoas também receberão a equipe do novo filme de Cacá Diegues.
Com cerca de 80 profissionais atuando nas gravações, o novo longa trará novamente Antônio Fagundes no papel de “Deus” e contará com outras feras do teatro, do cinema e da televisão, como os atores Otávio Müller e Bruce Gomlevski. As atrizes alagoanas Ivana Iza, como Madá, e Laila Vieira, como a personagem Linda.
“Deus Ainda é Brasileiro” é o 20º filme do alagoano Cacá Diegues, de 82 anos. Para o cineasta, o longa-metragem surgiu do seu anseio de retornar à história de “Deus” e falar de esperança em uma “comédia cívica”, como ele descreve. O roteiro foi concebido em parceria com o escritor Carlito Lima, também alagoano.
“O filme não é pessimista. Como falei, trata-se de uma comédia cívica, é algo que você trata com uma certa graça, com certo humor aquilo que é uma tragédia. E é isso o que está acontecendo no Brasil. Mas você pode sair disso. E o filme pretende dar esperança às pessoas, para elas saberem que podem sair disso”, afirmou Diegues.