Júri condena a mais de 37 anos de prisão cabo da PM que matou mulher a tiros no São Jorge, em Maceió

A Justiça condenou, nessa terça-feira (25), o cabo da Polícia Militar, Ivan Augusto dos Santos Junior, acusado de matar a tiros a esposa, Expedita da Silva, dentro do apartamento em que moravam, no bairro do São Jorge, em Maceió. Cabe recurso da decisão.

O crime ocorreu em 2018 e a filha mais nova, que à época tinha 13 anos, presenciou a cena. Ivan foi preso dois dias depois do crime e confessou a autoria do assassinato, motivado depois de uma discussão dentro do apartamento do casal.

Como Ivan estava preso desde que cometeu o crime, ele segue preso para cumprir o restante da pena em regime fechado.

O júri foi presidido pelo juiz Geraldo Amorim. A condenação foi de 37 anos e seis meses de prisão, em regime fechado, além do pagamento indenizatório de R$ 286.200,00 à família. Ele foi acusado de feminicídio duplamente qualificado.

“Não tínhamos como esperar outra decisão, diante de um crime tão bárbaro. Chegamos aqui preparados para mostrar ao Conselho de Sentença que o réu agiu de forma consciente, covarde, e que aquela menina, filha do casal, hoje com dezessete anos, e que implorava no dia para o pai não matar a mãe, precisava ter sua dor amenizada, a família toda precisava sentir que a memória da dona Expedita, no Tribunal do Júri seria respeitada com a justiça sendo feita, com o réu pagando por toda violência da qual utilizou para ceifar sua vida”, declarou o representante do Ministério Público.

O crime

Os dois eram casados há 20 anos. Segundo testemunhas, a mulher era agredida com frequência pelo suspeito, que prometia matá-la caso ela denunciasse as agressões.

A mulher iria denunciar o marido no dia do crime, mas os dois iniciaram uma discussão. A filha foi até o quarto onde os dois estavam e viu Ivan apontando uma arma para a sua mãe. Ivan deflagrou os tiros na frente da filha, que tentou empurrar o pai para evitar o crime.

Expedita ainda chegou a ser socorrida e levada para o Hospital Geral do Estado (HGE), mas ela não resistiu à gravidade dos ferimentos e morreu dias após.

Crime ocorreu em um condomínio no bairro do São Jorge — Foto: Roberta Cólen/G1

Crime ocorreu em um condomínio no bairro do São Jorge — Foto: Roberta Cólen/G1

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