O futuro de Fernando Collor depende de Jair Bolsonaro
Derrotado nas eleições para o governo de Alagoas, o ex-presidente da República Fernando Collor de Mello pretende passar uma temporada no exterior a partir de fevereiro, quando termina seu mandato de senador.
Como mostra reportagem de VEJA desta semana, o senador está endividado, corre o risco de ser preso e enfrenta um complicado litígio familiar com a ex-primeira-dama Rosane Collor.
Collor confidenciou a amigos que, terminado o mandato, pretende se afastar da política, mas não do poder. A expectativa do senador é de assumir um posto em alguma embaixada no exterior, de preferência na Europa. Esse projeto, no entanto, depende do resultado das urnas no próximo dia 30.
A operação Lava-Jato descobriu que ele recebeu 29 milhões de reais em propina, dinheiro desviado da Petrobras e usado para comprar obras de arte, carros e imóveis de luxo.
Fernando Collor tem um crédito político com Jair Bolsonaro. Ao decidir disputar o governo de Alagoas neste ano, mesmo sem muita chance de sucesso, ele criou um palanque importante para o candidato do PL no estado. Collor obteve pouco mais de 223 mil votos, ficando em terceiro lugar na disputa.
O cargo de embaixador é cobiçado por políticos em final de carreira — e há precedentes. O ex-presidente Itamar Franco, vice de Collor que assumiu o governo após o impeachment, foi embaixador do Brasil em Lisboa e em Roma.