Enquanto o presidente Jair Bolsonaro (PL) tentou se afastar do aliado Roberto Jefferson (PTB) após o ex-deputado atacar policiais federais que tentavam prendê-lo, seu rival na eleição, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), afirmou que o episódio demonstra o risco à democracia que seu adversário representa.
Bolsonaro reagiu rapidamente e logo manifestou repúdio nas redes sociais em busca de estancar a contaminação de sua campanha pelo ato de violência contra a polícia. Boa parte dos seus apoiadores, no entanto, defendeu Jefferson e criticou o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), que ordenou a prisão preventiva.
A operação vem no dia seguinte em que Jefferson usou as redes sociais da filha para comparar a ministra Cármen Lúcia, do STF, a “prostitutas”, “arrombadas” e “vagabundas”.
“Repudio as falas do sr. Roberto Jefferson contra a ministra Cármen Lúcia e sua ação armada contra agentes da PF, bem como a existência de inquéritos sem nenhum respaldo na Constituição e sem a atuação do MP [Ministério Público]”, publicou Bolsonaro em sua conta no Twitter.
A crítica aos inquéritos é dirigida a Moraes, alvo também de Jefferson, em reação ao fato de o ministro ter instaurado investigações contra bolsonaristas para apurar a disseminação de fake news e de atos antidemocráticos.